IFD e Novo Banco assinam empréstimo de 40 ME para financiar empresas portuguesas
14 de fev. de 2019, 10:16
— Lusa/AO Online
De
acordo com o comunicado conjunto do Ministério da Economia, do Novo
Banco e da IFD, o contrato de empréstimo é destinado aos “setores da
indústria transformadora, turismo, agricultura, comércio e serviços", a
empresas com "particular apetência para projetos em investimento
produtivo e de desenvolvimento do negócio nas áreas da inovação e
internacionalização”.O
financiamento enquadra-se na linha Capitalizar 'MidCaps' (empresas de
capitalização média), proveniente do Banco Europeu de Investimento
(BEI), e completa os 100 milhões de euros de crédito acordados com
bancos portugueses, depois do acordo de 60 milhões assinado com o BCP em
janeiro.Na
cerimónia de assinatura do protocolo estiveram presentes o ministro
Adjunto e da Economia e os presidentes executivos do Novo Banco e da
IFD.Em
declarações à agência Lusa, à margem da assinatura do protocolo, o
ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse que "o sistema bancário
em Portugal tem dificuldade em conceder crédito a longo prazo às
pequenas e médias empresas (PME)" e não responde a tempo a projetos de
investimento que "demoram tempo a pagar-se e que exigem prazos".O
ministro considerou ainda que "falta na economia portuguesa a
capacidade de trazer capital para as empresas em fase de nascença" e que
"ainda não provaram que têm o modelo de negócio suficientemente
desenvolvido", concluindo que instituições como a IFD "atuam naquilo que
são as falhas de mercado".Já
o presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, anunciou que os
40 milhões de crédito concedido vão estar "centralizados no Novo Banco,
mas descentralizados nos objetivos de colocação destes fundos",
explicando que "10% dos fundos estão afetos aos Açores" e que espera ter
outros "10% afetos à Madeira". O
presidente executivo da IFD, Henrique Cruz, considerou o acordo "mais
um testemunho que a IFD está empenhada em financiar o acesso ao
financiamento pelas empresas portuguesas"."A
IFD conclui assim a colocação da primeira tranche de 100 milhões de
euros para financiamentos que podem ir até 12 anos e, assim, faz com que
chegue à economia outro tanto que o Novo Banco e outra instituição
financeira [o BCP] terão de acompanhar, perfazendo um total de 200
milhões de euros", completou.Segundo
o comunicado conjunto, "a IFD dá preferência às propostas de carteira
de empréstimos às PME e ‘MidCaps’ que privilegiem o financiamento do
investimento relativamente ao fundo de maneio” e que “apresentem
maturidade média mais longa (podendo ir até 12 anos)".