Identificados 13 casos da variante Ómicron em Portugal
Covid-19
29 de nov. de 2021, 10:48
— Lusa/AO Online
Em comunicado conjunto, o
INSA e a Direção-Geral da Saúde (DGS) revelam que os ensaios
preliminares efetuados no INSA "sugerem, fortemente, que todos os 13
casos associados aos jogadores do Belenenses SAD estejam relacionados
com a variante de preocupação Ómicron".As
autoridades de saúde explicam também que o INSA, nas análises a casos de
infeção de jogadores do Belenenses SAD, através do seu Departamento de
Doenças Infecciosas, analisou, no domingo, um lote de 13 amostras
positivas associadas a casos de infeção de jogadores do Belenenses SAD,
dado que um dos casos positivos terá tido uma viagem recente à África do
Sul. "Por forma a garantir a quebra de
cadeias de transmissão e seguindo o princípio da precaução em Saúde
Pública, enquanto se aguardam mais informações relativamente à
transmissão, impacto e efetividade vacinal contra a variante Ómicron, as
Autoridades de Saúde determinaram o isolamento profilático dos
contactos dos casos de infeção associados a este surto,
independentemente do estado vacinal e do nível de exposição", refere a
nota.Estes contactos - acrescenta -
"permanecem isolados e serão submetidos a testagem regular, o mais
precocemente possível, ao 5.º e ao 10.º dia".O
INSA analisou ainda amostras provenientes de 218 passageiros de um voo
com origem em Maputo, que aterrou no dia 27 de novembro, no aeroporto de
Lisboa. Quanto a este voo, apenas se
detetaram dois positivos: um está associado à variante Delta e o outro
não permitiu a correta identificação. O
Instituto Ricardo Jorge iniciou, desde já, a sequenciação do genoma para
confirmação final destes casos. No entanto, acrescenta a nota, "o valor
preditivo dos ensaios já realizados é muito elevado".Esta
nova variante genética do coronavírus, inicialmente identificada na
África do Sul e em alguns países da África Austral, foi já identificada
também nos últimos dias em alguns países europeus. "Contudo,
não existem ainda quaisquer dados científicos que suportem a sua maior
transmissibilidade ou a sua capacidade para diminuir a eficácia das
atuais vacinas", referem as autoridades de saúde, que reforçaram a
vigilância epidemiológica, aplicando medidas de controlo, com o
isolamento profilático dos contactos de casos de infeção pela variante
Ómicron ou com história de viagem à África Austral nos 14 dias
anteriores, independentemente do estado vacinal, pelo princípio da
precaução em Saúde Pública.Também o INSA
continuará a realizar a monitorização das variantes genéticas do novo
coronavírus de modo contínuo através da análise de amostragens com
representatividade nacional, bem como a análise de casos suspeitos que
sejam identificados pelas autoridades de saúde ou pelos laboratórios
colaboradores", acrescenta a nota.As
autoridades nacionais dizem ainda que "Portugal está atento a esta
situação, mantendo o seu programa contínuo de monitorização de variantes
a nível nacional" e continuam a apelar ao autoisolamento e testagem de
pessoas que tenham sintomas sugestivos de COVID-19, que devem contactar o
SNS24.