Idade mínima para entrar na carreira de guarda prisional diminui para 18 anos e máxima aumenta para 35
Hoje 17:48
— Lusa/AO Online
Estas alterações
constam de um acordo hoje celebrado entre o Ministério da Justiça com o
Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), a Associação
Sindical das Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP) e a
Associação Sindical dos Profissionais do Corpo da Guarda Prisional
(ASPCGP), que prevê a valorização das carreiras daquela classe
profissional, passando para já com a aplicação de três medidas que os
sindicatos consideram fundamentais.Em
comunicado, o Ministério da Justiça (MJ) refere que o acordo firmado
hoje com a ministra Rita Alarcão Júdice estipula uma redução dos 21 para
os 18 anos para a entrada na carreira de guarda prisional e aumento o
máximo de 28 para 35 anos, “ampliando desta forma o número de candidatos
e a base de recrutamento”, refere o MJ.Com
esta alteração, a idade mínima e máxima de ingresso na carreira de
guarda prisional passa ser idêntica à de admissão de agentes da PSP. Segundo
o ministério, o acordo estabelece também o pagamento de horas de
trabalho suplementar prestado pelos trabalhadores do Corpo da Guarda
Prisional para além dos limites de duração previstos, “em casos
devidamente justificados e, excecionalmente, sempre que tal se revelar
necessário para garantir a segurança nos estabelecimentos prisionais”.Outra
das medidas é uma maior simplificação e celeridade nos processos de
recrutamento, de forma a adaptar a admissão e formação às exigências do
atual contexto social, com a adaptação da anterior portaria.“Hoje
damos mais um importante passo na valorização dos profissionais do
Corpo da Guarda Prisional”, refere o MJ, acrescentando que “este
resultado decorre de um esforço negocial de todas as partes e representa
um forte impulso para reforçar e rejuvenescer o quadro de guardas
prisionais e para tornar a carreira mais atrativa”.Na
nota, a ministra da Justiça ressalva que este compromisso é mais um
sinal da relevância dada pelo Ministério da Justiça e pelo Governo ao
sistema prisional”. O ministério adianta
que está a trabalhar, em conjunto com a Direção-Geral de Reinserção e
dos Serviços Prisionais, num plano plurianual (2026-2029) de
recrutamentos e promoções para as carreiras do Corpo da Guarda
Prisional, de forma a garantir o seu aumento e rejuvenescimento, bem
como a manutenção de elevados graus de prontidão e a sua eficácia
operacional, conforme o compromisso assumido no programa do Governo.Este
acordo, que já havia sido anunciado na terça-feira pelo Sindicato
Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), levou a que a estrutura
sindical retirasse a adesão à greve geral de 11 de dezembro, como
referiu à Lusa o seu presidente, Frederico Morais.