IATA pede a Biden reabertura das fronteiras a viajantes da Europa
Covid 19
29 de jun. de 2021, 08:43
— Lusa/AO Online
A IATA enviou
uma mensagem a Biden na sua conta da rede social Twitter com esta
petição, depois da Europa ter começado a relaxar as restrições de
entrada aos norte-americanos."POTUS
[siglas do Presidente dos Estados Unidos em inglês], é o momento de
escutar a ciência e reabrir as fronteiras dos Estados Unidos aos
viajantes da Europa", afirmou a IATA na sua mensagem.A
petição da associação, cujas companhias aéreas gerem cerca de 80% do
tráfego aéreo mundial, acontece depois de na sexta-feira a Câmara de
Comércio dos Estados Unidos ter solicitado a Biden que elimine as
restrições aos viajantes europeus.A
Câmara de Comércio pediu a Washington "reciprocidade" logo que a União
Europeia (UE) aliviou as restrições depois da cimeira com os Estados
Unidos celebrada em Bruxelas."Solicitamos
à Administração [Biden] reciprocidade e permitir o regresso dos
viajantes europeus aos Estados Unidos logo que possível. A retomada de
viagens transatlânticas seguras é crítica para a recuperação económica
da nossa nação", salientou a vice-presidente da Câmara, Marjorie
Chorlins, em comunicado.Em
meados deste mês, o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, ex-presidente
da British Airways e fundador do grupo Internacional Airlines (IAG) à
qual pertence a Iberia, criticou com dureza Biden e o primeiro-ministro
britânico, Boris Johnson, pela sua decisão de manter as restrições ao
transporte aéreo de passageiros."Roosevelt
e Churchill, que assumiram riscos reais para se encontrarem cara a cara
com oceanos infestados de U-boats (submarinos alemães), ficariam
horrorizados ao ver que a sua visão de 1941", de um mundo ocidental
livre, se depare agora com uma "abordagem tão cautelosa", afirmou Walsh.Na
altura, Walsh pediu a Biden e a Johnson que demonstrem uma "verdadeira
liderança" e reclamou a abertura para 04 de julho, para esta seja um
"verdadeiro" Dia de Independência, não unicamente pela data de
celebração norte-americana, mas para demonstrar que os Estados Unidos
estão abertos aos negócios e que a "'Grã-Bretanha global' pós-Brexit não
é na realidade apenas um 'slogan'".