Hungria autoriza terceira dose da vacina e inoculação será obrigatória para profissionais de saúde
Covid-19
16 de jul. de 2021, 16:25
— Lusa/AO Online
“Será
possível pedir a terceira dose, mas recomendamos que passem quatro
meses após a administração da segunda”, afirmou o primeiro-ministro
húngaro, Viktor Orbán, em declarações à rádio pública Kossuth.O
político ultranacionalista argumentou que os especialistas dizem que
não há risco em receber uma eventual terceira dose da vacina,
ressalvando, no entanto, que caberá aos médicos decidirem os pormenores
do processo.Na
segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou
desnecessária uma terceira dose de reforço da vacina contra a covid-19,
uma possibilidade já admitida por alguns países, tendo ainda criticado o
que classificou de “ganância” em relação ao processo de vacinação.“Não
há uma evidência que indique a necessidade de uma (terceira) dose de
reforço”, salientou, na altura, Ann Lindstrand, uma das responsáveis da
OMS pela supervisão da vacinação contra o novo coronavírus, apelando aos
países que o consideram fazer para pensarem numa perspetiva global e
entregarem essas doses a países que ainda não começaram a vacinação.Viktor
Orbán anunciou igualmente que “os profissionais de saúde devem ser
obrigatoriamente vacinados”, uma vez que lidam com pessoas vulneráveis.O primeiro-ministro húngaro não avançou quando esta medida irá entrar em vigor.A
vacinação obrigatória de profissionais que trabalham com pessoas mais
vulneráveis em hospitais, clínicas ou em lares de idosos já foi
decretada em países como França, Grécia ou Itália.Inicialmente,
a Hungria conseguiu acelerar o processo de vacinação, com o país a ter
disponíveis as vacinas autorizadas no espaço da União Europeia (Moderna,
Pfizer/BioNTech e AstraZeneca), mas também outros fármacos não
autorizados pelo bloco comunitário, como as vacinas chinesa e russa,
Sinopharm e Sputnik V, respetivamente.Mais de 90% dos profissionais de saúde já receberam duas doses da vacina contra a Covid-19.No
entanto, mais de 40% da população da Hungria, país com 9,7 milhões de
habitantes, ainda não foi vacinada, e o Governo quer avançar com uma
campanha que garanta a imunização das pessoas com mais de 60 anos, que
poderá passar por visitas ao domicílio realizadas por profissionais de
saúde.Atualmente, na Hungria, 57% das pessoas já receberam pelo menos uma dose da vacina e 54% da população tem a vacinação completa.