Scala Jr., de
26 anos, cumpriu os 176,8 quilómetros entre Penedono e Bragança em
4:10.26 horas, batendo, na chegada, o português Fábio Costa
(ABTF-Feirense), segundo com o mesmo tempo, e o dinamarquês Julius
Johansen (Sabgal-Anicolor), terceiro a 11 segundos.Nas
contas da geral, Eulálio manteve as distâncias para os companheiros de
pódio, com o vencedor de 2023, o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg), em
segundo, a 16 segundos, e o espanhol Jon Agirre (Kern Pharma) em
terceiro, a 26.Ao quilómetro 19, estava
formada uma fuga com 11 ciclistas, incluindo dois Sabgal-Anicolor,
Julius Johansen e Luís Mendonça, este último que sofreu uma indisposição
a meio da tirada, recuperando depois.Atrás,
o pelotão parecia ‘passivo’ em relação à fuga, controlando a distância,
enquanto o espanhol Xavier Cañellas (Euskaltel-Euskadi) somava pontos
nos pórticos de montanha, mas também nos pontos – subiu a segundo nesta
categoria, a 16 do líder, o argentino Nicolás Tivani
(Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), hoje nono na meta.Essa
passividade manteve-se depois da primeira passagem pela meta, que
deveria ter sido um ‘alarme’ para o grupo principal, que chegou a ter a
fuga a 40 segundos mas não conseguiu tirar-lhes mais tempo, também uma
prova da tenacidade dos escapados.A
estrada foi selecionando os homens da frente que estavam mais fortes,
com o russo Aleksandr Grigorev (Efapel) muito ativo na tentativa de
deixar os outros para trás – sem sucesso, acabando no sexto lugar.Scala
Jr., de resto, não tem grandes resultados, integrando um projeto que
tem apostado no circuito europeu em 2024 e hoje teve a recompensa, com a
maior vitória da carreira.Fê-lo à custa
de Fábio Costa, com quem chegou às últimas dezenas de metros, com os
dois a marcarem-se antes de Scala Jr. arrancar, sem que o português,
muito desgostoso após cruzar a meta, conseguisse responder.Julius
Johansen completou o pódio do dia, mostrando a nova cara da
Sabgal-Anicolor dado o abandono do líder, o uruguaio Mauricio Moreira,
no domingo, antes do dia de descanso.A
história da fuga é também a história da etapa, uma vez que, atrás, e
pese embora alguns ataques, os favoritos chegaram integrados no pelotão,
com o mesmo tempo, mantendo as distâncias.Na
quarta-feira, a sexta de 10 etapas sai de Bragança e ruma a Boticas em
169,1 quilómetros, com cinco contagens de montanha no percurso, a última
de primeira categoria, em Torneiros, nos últimos 20 quilómetros.Esta
tirada tem outra possibilidade de criar problemas aos favoritos, com
Torneiros a poder fazer a diferença na luta pela geral, para já
‘amarrada’ e na expectativa do que pode fazer Afonso Eulálio, com 22
anos e de amarela no corpo desde a Torre, bem como os candidatos.De
resto, e além do pódio, o 10.º classificado, o guatemalteco Sergio
Chumil (Burgos BH) está a 1.59 minutos, o que significa um topo ainda
próximo entre si em termos de diferenças de tempo, quando também faltará
a Senhora da Graça (nona etapa) e o contrarrelógio final, em Viseu
(10.ª e última), no domingo.