Autor: Carlota Pimentel
Passados nove meses desde o incêndio de 4 de maio de 2024, que inoperacionalizou o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, a unidade de saúde retomou ontem a sua plena capacidade de funcionamento, com a operacionalização do Hospital Modular.
“Estamos a sair hoje, dia 5 de fevereiro de 2025, do
hospital da CUF e também do Centro de Saúde da Ribeira Grande”, afirmou a
presidente do conselho de administração do HDES, Paula Macedo, em
declarações aos jornalistas.
De acordo com Paula Macedo, “a transferência de toda a atividade do HDES no Hospital da CUF foi realizada em três horas e 25 minutos”, realçou, acrescentando que “foram transferidos 24 doentes, oito crianças e 16 adultos. Desses adultos, vieram dos cuidados intensivos quatro doentes, do internamento médico-cirúrgico oito doentes, da obstetrícia, quatro puérperas, com os seus quatro bebés”, avançou.
Amedica sublinhou o “total sucesso” da operação, “não em termos de tempo, nem de duração”, mas no que toca a efetuar “a transferência dos doentes com segurança”.
Na ocasião, o enfermeiro Pedro Brázio garantiu que a infraestrutura modular está totalmente operacional.
“A
partir deste momento, o Hospital Modular está em condições de operar na
total capacidade daquilo que tem instalado. Está tudo operacional. As
formações aos técnicos estão asseguradas, o edifício está em condições
para operar. Tudo devidamente certificado para trabalhar. Existem todas
as condições de segurança para recebermos todos os nossos utentes
críticos nestas instalações”, assegurou o enfermeiro chefe.
Apesar
da entrada em funcionamento do Hospital Modular, Pedro Brázio admite que
será necessário manter o transporte de doentes entre o Hospital Modular
e o edifício principal do HDES .
“Vamos ter sempre necessidade de transporte de doentes entre os dois edifícios. Nós temos uma capacidade instalada aqui e outra no edifício mãe. Será necessário gerir as vagas e o atendimento de doentes críticos e não críticos”, explicou.
Relativamente aos exames de diagnóstico, revelou que “a maior parte” é feita no Hospital Modular.
“Temos um serviço de Imagiologia com capacidade para realizar todos os exames necessários para o apoio ao Serviço de Urgência”, assegurou, salvaguardando que “alguns exames complementares podem ter de ser feitos no edifício central, mas não são urgentes.”
Pedro Brázio afirmou que o regresso “ao campo hospitalar do HDES (...) significa que temos agora todas as respostas dentro do nosso campus hospitalar”, no entanto, ressalvou que a verdadeira normalidade apenas será alcançada quando o edifício central estiver plenamente recuperado e operacional.