Hospital de Ponta Delgada reitera aposta na unidade modular após incêndio
15 de jan. de 2025, 15:41
— Lusa/AO Online
Numa
conferência de imprensa, em Ponta Delgada, Paula Macedo sublinhou que o
hospital modular “aparece como uma solução urgente”, pois o regresso do
serviço de urgência não foi possível devido às consequências diretas do
incêndio” no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES).O incêndio obrigou a
deslocalizar-se serviços e doentes do HDES para outras unidades de saúde
na região, para a Madeira e para o continente.A presidente do conselho de administração do
HDES relembrou que, além dos danos causados pelo incêndio, o
“dimensionamento e a organização dos circuitos da urgência [do HDES] já
não respondiam às necessidades atuais da população” e eram necessárias
obras.Nesse sentido, explicou que, se a
opção tivesse sido reparar o serviço de urgência em vez de se construir o
hospital modular, não teriam onde instalar os doentes durante as obras.“Porque
não fazer as reparações e as obras necessárias no serviço de urgência
[do HDES] em vez da construção do hospital modular?”, questionou a
responsável, para logo de seguida responder com outra questão: “onde
alocar os doentes, não só da urgência, mas de todos os serviços que são
necessários à proximidade do serviço de urgência?”.Para
Paula Macedo, a resposta àquelas perguntas “nunca foi encontrada”,
recordando que o HDES já se encontrava obsoleto antes do incêndio.A
administradora lembrou ainda que, em 2015, integrou um grupo de
trabalho para a reconstrução do serviço de urgência e, mais tarde, em
2018, surgiu um novo projeto com o mesmo objetivo, mas “mais
abrangente”.“Ambos os projetos não se concretizaram, por razões de vária ordem”, afirmou.Na
mesma conferência de imprensa, o diretor de enfermagem do HDES, Pedro
Brazio, referiu que se “poderia ter investido 30 milhões de euros no
edifício-mãe, mas nunca ter sido feito com utentes e profissionais de
saúde dentro das instalações".O
responsável disse que "isso foi o que sucedeu durante 25 anos e
impossibilitou, sempre, quaisquer obras estruturais", contribuindo para a
"enorme degradação do edifício”.“Para se intervir na HDES precisávamos de uma estrutura de apoio. Essa estrutura é o hospital modular”, disse.