Hospital de Ponta Delgada com escalas garantidas em janeiro
22 de dez. de 2022, 10:21
— Lusa/AO Online
“As
escalas estão garantidas. É importante que os açorianos saibam que as
escalas estão garantidas e que não há qualquer situação de rutura no
Serviço Regional de Saúde ao nível do serviço de urgência. É bom que
haja essa resposta que tranquiliza as pessoas”, afirmou Clélio Meneses,
quando questionado pelos jornalistas sobre as escalas para as próximas
duas semanas e para janeiro de 2023.O
governante, que integra o executivo PSD/CDS-PP/PPM, falava após uma
visita ao serviço de urgência do Hospital Divino Espírito Santo (HDES),
em Ponta Delgada, a maior unidade de saúde dos Açores.No
início do mês, a 02 de dezembro, a presidente do HDES, Cristina Fraga,
demitiu-se na sequência da demissão de 21 dos 25 diretores de serviços.Em
novembro, cerca de 400 médicos (191 do Hospital do Divino Espírito
Santo) manifestaram indisponibilidade para fazer mais do que as 150
horas de trabalho extraordinário obrigatórias por lei, reclamando um
pedido de desculpas do vice-presidente do executivo de coligação
PSD/CDS-PP/PPM.Artur Lima (CDS-PP) tinha
afirmado em 11 de novembro que os médicos “não podem usar o dinheiro
como moeda de troca para dispensar” a prestação de cuidados. Clélio Meneses assegurou que o hospital de Ponta Delgada está a
funcionar “normalmente”, com “mais de meia centena” de profissionais de
saúde em serviço de urgência, entre eles 30 médicos e 15 enfermeiros.“Enquanto
a nível nacional as notícias são de serviços de urgência encerrados e
de dezenas de horas de tempo de espera na urgência, felizmente nos
Açores não é assim. Ao contrário de algumas vozes que queriam o caos,
nos Açores os serviços de urgência funcionam normalmente”, reforçou.Clélio
Meneses lembrou que os “diretores de serviço retiraram o pedido de
demissão” e que a unidade de saúde está a “funcionar normalmente”.“Tem
havido sempre a necessidade de contratações externas para assegurar
serviços de urgência ao longo do tempo, mas podemos dizer que, neste
momento, é maioritariamente assegurado por médicos do serviço, tal como
acontecia antes de novembro deste ano”, acrescentou.Depois
de um “período complicado em novembro”, o tempo médio de espera na
urgência é de “menos de duas horas” para a pulseira amarela, referente a
“situações com alguma gravidade”, indicou o secretário regional.“No
que diz respeito ao trabalho suplementar médico, dar a nota de que
estamos em negociações com sindicatos para rever o diploma para que
durante o mês de janeiro termos um diploma que vai ao encontro das
expectativas dos profissionais”, realçou.Clélio
Meneses rejeitou pronunciar-se sobre o prazo para escolher um novo
conselho de administração e sobre o perfil que o presidente da unidade
deverá ter.“O novo conselho de
administração depende de uma decisão do Conselho de Governo que, a seu
tempo, conforme o presidente do Governo já disse, será anunciado”,
concluiu.