Hospital de Gaia está a “avaliar tudo o que se passou” no caso da mãe que levou bebé
Hoje 11:36
— Lusa/AO Online
“Nós vamos
avaliar tudo, vamos avaliar o sistema das pulseiras, vamos avaliar como é
que foi possível ela ter sido retirada e vamos fazer os testes todos
que pudermos”, garantiu Luís da Cruz Matos aos jornalistas.Uma
bebé de quatro meses foi retirada pela mãe do internamento de Pediatria
do hospital de Gaia na quarta-feira, depois de lhe conseguir tirar a
pulseira eletrónica que emite alarme caso ultrapassem as portas do
serviço, seja danificada ou cortada, após ter sido informada pelo
tribunal de que a criança seria entregue a uma família de acolhimento.A pulseira eletrónica foi encontrada intacta no caixote do lixo da casa de banho do quarto onde a criança estava internada.“Temos
de retirar daqui uma aprendizagem para que isto não se repita, isto não
pode voltar a acontecer, nós não vamos deixar que isto volte a
acontecer e, por isso, vamos retirar daqui todos os ensinamentos”,
referiu.Luís da Cruz Matos insistiu que o
hospital está a avaliar tudo aquilo que se passou e como é que a mãe
conseguiu tirar a pulseira da bebé.Os
sistemas de segurança estavam a funcionar, tanto que a própria pulseira
eletrónica foi testada, depois de ter sido encontrada, e estava a
funcionar normalmente, explicou o presidente. “A
pulseira, se tivesse sido danificada ou cortada, o alarme disparava
imediatamente, portanto, ela foi tirada, não sei como, não imagino como,
mas suponho que com algum trabalho”, especificou. O
presidente do Conselho de Administração da ULS de Gaia/Espinho
descartou qualquer falha por parte dos profissionais de saúde porque a
situação acontece num momento em que há uma mudança de turno de
enfermagem e numa enfermaria que é muito grande. Luís
da Cruz Matos salientou que estas pulseiras eletrónicas são colocadas
em todos os recém-nascidos e bebés e têm um sistema de rádio que detetam
sempre que há movimentos.“Aliás, todos os movimentos vão sendo monitorizados e se passarem as portas há um alarme que dispara”, assinalou. Luís da Cruz Matos salientou que o hospital abriu um inquérito e espera ter essas conclusões “muito em breve”. A
criança, que estava internada desde final de novembro, tinha
diariamente a visita da mãe ou da avó porque não havia nenhuma ordem do
tribunal que impedisse a presença da família, reforçou. O
processo judicial, que envolvia a bebé, não estava relacionado com
“qualquer tipo de ato ilícito” por parte da família, apontou Luís da
Cruz Matos. Fonte da PSP/Porto adiantou
hoje à agência Lusa que está a investigar a situação, através da divisão
de investigação criminal, acrescentando que, neste momento, se encontra
a realizar diligências no sentido de encontrar a mãe e a bebé.Segundo a mesma fonte, para já, não há novas informações sobre o caso.Em causa pode estar a prática de um crime de subtração de menores, acrescentou.