Hospitais recebem orientação para remarcar consultas e exames e adiar cirurgias
Covid-19
16 de mar. de 2020, 18:57
— Lusa/AO Online
A ministra disse que a orientação foi emitida
no domingo, acrescentando que nos centros de saúde se mantém o
acompanhamento de doentes crónicos, a vacinação e consultas de
vigilância de gravidez. Para os centros
de saúde passam a ser encaminhados os utentes das urgências hospitalares
menos urgentes, isto é, com pulseira verde ou azul, adiantou Marta
Temido, que falava na conferência de imprensa diária no Ministério da
Saúde, em Lisboa, para fazer o balanço da evolução epidemiológica da
Covid-19.A titular da pasta da Saúde
referiu que foi dada igualmente orientação para que os atos médicos nos
centros de saúde sejam feitos no "horário determinado", para evitar a
aglomeração de pessoas nas salas de espera, e se recorra à teleconsulta.A
ministra afastou hoje a possibilidade de concentrar o tratamento de
doentes com Covid-19 num só hospital, afirmando que a aposta está na
"separação de fluxos e circuitos" de pessoas nos hospitais e no
tratamento em regime ambulatório. No
sábado, a ministra anunciou que a partir desta semana ia ser
generalizado o cancelamento da assistência programada nos hospitais para
permitir que atos médicos que não eram urgentes fossem adiados,
concentrando a resposta no atendimento relacionado com a Covid-19.Na
altura, Marta Temido sublinhou que os atos que são urgentes, graves ou
críticos seriam garantidos, tal como algum tipo de assistência a
crianças e grávidas. Antes de ser hoje
conhecida a orientação da tutela, alguns hospitais cancelaram, por sua
iniciativa, consultas externas e cirurgias, como foram os casos dos
hospitais de S. João, no Porto, e de Coimbra, unidades de referência
para despistar e tratar doentes com Covid-19.