Hospitais de Lisboa têm equilibrado atividade normal com resposta à pandemia

Covid-19

12 de jan. de 2022, 13:06 — Lusa/AO Online

“Até agora, na região de Lisboa e Vale do Tejo, que é a que tem mais pressão, estamos a conseguir garantir algum equilíbrio entre a atividade assistencial normal e a resposta à Covid-19”, adiantou Marta Temido, após uma reunião no hospital de Vila Franca de Xira.Segundo a governante, a região de Lisboa e Vale do Tejo tem cerca de 700 doentes internados em enfermaria por Covid-19, quando há um ano eram quase 3.000.“São duas realidades muito distintas. Embora haja pressão, é uma pressão muito diferente”, salientou Marta Temido, ao avançar ainda que, dos 15.500 doentes internados em todos os hospitais do país, 1.564 são por Covid-19, dos quais 44 com menos de 18 anos, o que representa 2,8%.A ministra referiu ainda que o Hospital de Vila Franca de Xira é um dos que “tem sido mais pressionado em todo o país”.“Sabemos que alguma fragilidade dos cuidados de saúde primários acaba por levar a que muitos doentes, que sentem a preocupação com o seu estado de saúde, venham aos serviços hospitalares. Isso traz uma pressão acrescida, temos de lidar com ela e de nos preparar para enfrentá-la nos próximos dias”, afirmou.Nas declarações aos jornalistas após a visita ao Hospital a ministra admitiu também fragilidades na linha Saúde 24, que no momento atual da evolução da pandemia de Covid-19 é dos serviços mais pressionados.Desde o início do ano, disse, a linha já atingiu perto de 700 mil chamadas, o que demonstra que “tem estado a resolver a situação de saúde de muitas pessoas”.A linha, acrescentou, “está a garantir uma resposta, que não é a perfeita”, mas que tem sido robustecida. De acordo com Marta Temido as atividades programadas, devido ao grande aumento e casos de Covid-19, não estão a ser adiadas, o que é positivo, mas menos positivo tem sido o reencaminhamento considerado inapropriado de doentes para os hospitais, algo que também está a ser revisto e que deve ser normalizado ainda esta semana ou na próxima.Em resumo, quanto à luta contra a pandemia, disse a ministra que o país não está num cenário negativo, salientando que não se sabe ainda se o “pico” da pandemia já terá passado ou não.Sobre a testagem dos alunos, já que apenas professores e funcionários foram testados, a ministra disse que os jovens que precisem de um teste podem utilizar um dos quatro comparticipados pelo Estado e fazê-lo quando entenderem.Sobre a ampliação do hospital reconheceu que é necessária e disse que se está a trabalhar para estudar a melhor solução técnica.No final da visita Marta Temido ouviu ainda as queixas de um popular, cujo pai, idoso, esteve 12 horas “abandonado numa sala fria” do hospital sem qualquer assistência.