Hong Kong reduz quarentenas obrigatórias de 21 para 14 dias

Covid-19

27 de jan. de 2022, 17:18 — Lusa/AO Online

"Todos os que chegarem a Hong Kong serão submetidos a uma quarentena obrigatória de 14 dias em hotéis designados", anunciou a chefe do executivo da região administrativa especial chinesa, Carrie Lam, em conferência de imprensa. Esta é uma decisão "puramente baseada na ciência", tendo em conta o período de incubação mais curto da variante Ómicron do novo coronavírus, sublinhou a representante.No final da quarentena, os viajantes deverão observar um período de "autogestão" durante sete dias, acrescentou. Tal como a China, o território semiautónomo chinês segue uma estratégia de "zero casos covid-19", que permitiu reduzir os contágios, mas quase isolou o centro financeiro internacional do resto do mundo durante dois anos. Macau, que registou 79 casos desde o início da pandemia, obriga os residentes regressados de zonas de alto risco a cumprir uma quarentena de pelo menos 21 dias em hotel. As autoridades de saúde de Macau indicaram, também na conferência de imprensa semanal sobre a situação epidémica, que não estão disponíveis para baixar os dias de quarentena, admitindo, no entanto, que o prazo de incubação da variante Ómicron é mais curto. Ainda assim, as autoridades lembraram um caso registado na China, com um período de incubação de dez dias.Por outro lado, a variante Delta ainda tem intensidade um pouco por todo o mundo e por essa razão mantêm os 21 dias de quarentena, seguidos de sete de autogestão de saúde em casa, frisaram.Desde o aparecimento da variante Ómicron, mais contagiosa, Hong Kong reforçou as restrições às viagens, ao limitar a entrada nas fronteiras aos residentes que chegam de oito países e ao proibir passageiros de 153 países de passar, em trânsito, por esta região administrativa especial chinesa.Estas medidas vão continuar em vigor. As medidas de distanciamento social observadas no território, como o encerramento de restaurantes às 18:00, vão ser prolongadas mais duas semanas, enquanto as escolas vão continuar fechadas.O longo período de quarentena foi criticado pelos meios empresariais, devido aos elevados custos para as empresas, que veem esta política como dissuasora da chegada de novos talentos a Hong Kong.Carrie Lam alertou que podem "existir muitas cadeias de transmissão invisíveis na comunidade", o que representa a possibilidade de um grande surto. "Estamos a procurar eliminar rapidamente estas ligações. Por isso, recorremos a medidas rápidas e mais severas", afirmou Lam.