"Há 45 anos que vejo jogos do Benfica e não espero deixar de os ver"
8 de jan. de 2018, 15:58
— Lusa/AO online
“Não há
polémica rigorosamente nenhuma. Há um cumprimento escrupuloso do código
de conduta a que todos os membros estão obrigados”, começou por dizer
Mário Centeno, quando questionado, à saída de uma reunião na sede da
Comissão Europeia, sobre o pedido de bilhetes para assistir ao
Benfica-FC Porto da época passada, em 01 de abril de 2017, juntamente
com o filho, na bancada presidencial.Segundo
o ministro, que hoje se deslocou a Bruxelas na condição de presidente
eleito do Eurogrupo, esta “é uma questão que é relevante esclarecer”,
tal como o seu ministério já teve oportunidade de fazer, por comunicado,
pois “há questões de segurança que são muito relevantes para todos os
membros do Governo, elas são avaliadas com o corpo de segurança pessoal,
e foi apenas esse o contexto que levou a essa decisão, nada mais do que
isso”.Questionado
sobre se tenciona voltar a pedir bilhetes para assistir ao vivo a
encontros do Benfica, Centeno disse que “isso agora é uma questão que
não se põe”, mas apontou que “todas as decisões são tomadas sempre com
os mesmos princípios”. “Há,
e como eu lhe disse, as questões de segurança que acabei de referir que
são determinantes nas nossas tomadas de posições, mas também posso
dizer que há 45 anos que vejo jogos do Benfica e não espero deixar de os
ver nos próximos tempos”, concluiu.O
Observador noticiou na passada sexta-feira que Mário Centeno "pediu
lugares para si e para o filho para o Benfica-Porto da época passada",
disputado em 01 de abril de 2017, tendo o gabinete do ministro das
Finanças confirmado esse pedido de "dois lugares para a bancada
presidencial", que justificou com razões de segurança.Já
no sábado, o primeiro-ministro, António Costa, rejeitou igualmente
qualquer polémica em torno deste episódio, considerando que se o
ministro das Finanças pediu bilhetes ao Benfica para assistir a um jogo
de futebol na bancada presidencial, "certamente tinha boas razões" para
isso.