Guterres pede ao mundo para fazer as pazes para que 2021 seja ano de cura
29 de dez. de 2020, 13:36
— Lusa/AO Online
“Façamos
juntos as pazes entre nós e com a natureza para enfrentar a crise
climática, impedir a disseminação da covid-19 e fazer de 2021 um ano de
cura”, afirmou António Guterres, numa mensagem de Ano Novo, divulgada
hoje através de vídeo.Segundo o
secretário-geral, a ambição central das Nações Unidas para 2021 é
“construir uma coligação global em prol da neutralidade de carbono até
2050”.“Cada governo, cidade, empresa e indivíduo pode contribuir para a concretização desta visão”, disse.Admitindo
que 2020 “foi um ano de provações, tragédias e lágrimas” e que a
covid-19 virou a vida das pessoas “do avesso e mergulhou o mundo em
sofrimento e tristeza”, o secretário-geral das Nações Unidas lembrou que
o ano também ensinou a ter esperança.“Tanto
a mudança climática como a pandemia da covid-19 são crises que só podem
ser enfrentadas por todos nós, juntos, como parte de uma transição para
um futuro inclusivo e sustentável”, afirmou.E,
embora se tenham perdido “muitos entes queridos” e a pandemia continue a
alastrar-se, o novo ano traz “raios de esperança”, sublinhou.Ao
mesmo tempo que se vê “a pobreza, as desigualdades e a fome a
aumentar”, também se encontram “pessoas a estenderem a mão a vizinhos e
estranhos”, disse.“Embora os empregos
estejam a desaparecer e as dívidas a subir”, “as crianças enfrentem
dificuldades” e “a violência em casa esteja a aumentar”, Guterres lembra
que 2020 mostrou “trabalhadores na linha da frente a darem tudo o que
têm” e “cientistas a desenvolverem vacinas em tempo recorde” ou “países a
assumirem novos compromissos para prevenir a catástrofe climática”.Um
“ano difícil” que deixou uma lição, adiantou Guterres: “se trabalharmos
juntos, em união e solidariedade, esses raios de esperança podem chegar
a todo o mundo”.Para o secretário-geral
das Nações Unidas, 2021 deve servir para “curar o impacto de um vírus
mortal, curar economias e sociedades destruídas, curar divisões e
começar a curar o planeta”.