Guterres exige vacina "disponível e acessível" para todos
Covid-19
27 de out. de 2020, 18:59
— Lusa/AO Online
Em videoconferência com os
líderes do Conselho Nórdico – que inclui a Dinamarca, Suécia, Islândia,
Noruega e Finlândia -, Guterres defendeu um “multilateralismo novo e
eficaz” que serve para enfrentar os desafios globais: do aquecimento
global à pandemia atual.“É imperativo que a
vacina contra a covid-19 esteja disponível e acessível para todos.
Porque ninguém estará seguro [do vírus] até que estejamos todos
seguros”, afirmou Guterres durante a sua intervenção.Essa
vacina deve ser considerada um “bem público global”, disse o
secretário-geral da ONU sobre o tratamento contra o novo coronavírus,
que já infetou mais de 43,5 milhões de pessoas em todo o mundo e
provocou mais de 1,1 milhões de mortos.Guterres
recordou que a situação atual “não é apenas uma crise de saúde”, mas
também um desastre económico que coloca “em risco todo o
desenvolvimento”.A recuperação,
acrescentou, não deve “replicar o passado”, mas sim construir “de forma
sustentável e inclusiva” e “confrontar as fraquezas” que a pandemia tem
mostrado em todo o mundo.Na sua opinião,
não se deve caminhar para um “governo global”, mas para uma “governação
global real” com instituições fortes, porque as atuais são “bastante
débeis”, com “capacidade para assegura os níveis mínimos para enfrentar
os desafios” globais.O primeiro-ministro
sueco, Stefan Lovfen, defendeu também a garantia da distribuição
universal da futura vacina contra o novo coronavírus e comprometeu-se a
contribuir para os esforços multilaterais.Nesta
linha, a primeira-ministra da Islândia, Katrín Jakobsdóttir, pediu um
“acesso equitativo e distribuição justa”, bem como uma “resposta global”
perante a crise sanitária e económica, porque está em causa o destino
coletivo da Humanidade.Em defesa do
sistema multilateral, a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, disse
que a ONU é “mais necessária do que nunca” e a homóloga norueguesa,
Erna Solberg, apontou que a pandemia mostra a “necessidade” da
“colaboração internacional”.