Gulbenkian apoia 51 projetos de intervenção social em todo o país com 3,8 milhões de euros
31 de mar. de 2021, 12:50
— Lusa/AO Online
Os 51 projetos vão desenvolver-se em Portugal continental e na Região
Autónoma dos Açores, com preponderância das áreas metropolitanas de
Lisboa e do Porto (com 31 projetos aprovados), mas incidência de 20
projetos em outras regiões do País (15 das quais na região Centro).Em
comunicado a Fundação Calouste Gulbenkian explica que entre os projetos
apoiados, uma parte está focada no empoderamento de grupos vulneráveis -
jovens em risco ou portadores de deficiência, vítimas de violência
doméstica, migrantes, refugiados e população de etnia cigana. Os
15 projetos selecionados nesta área serão desenvolvidos por ONG como a
JRS – Serviço Jesuíta aos Refugiados, a Plataforma PAJE, a Cáritas da
Ilha Terceira, a Associação Tempos Brilhantes e a Associação Portuguesa
de Surf for Good, entre outras.Outras 21
iniciativas apoiadas propõem-se a fortalecer a cultura democrática e a
consciência cívica e apoiar e defender os direitos humanos. Estes
projetos vão receber quase metade do apoio financeiro total. Segundo
a Gulbenkian, são projetos que visam o reforço da cidadania e da
intervenção dos cidadãos na vida pública e a promoção do voluntariado,
muitas vezes recorrendo à cultura e às artes como veículo de formação e
transmissão de valores democráticos e de solidariedade. A
preocupação com a sustentabilidade do planeta está também presente em
vários projetos, tanto pela via da formação como da mobilização dos
cidadãos. Entre as organizações apoiadas
com trabalho nesta área estão o Conselho Nacional da Juventude, a ZERO, a
OIKOS, a Fundação Fé e Cooperação, a PELE, a COOLABORA, a CIVITAS, a
Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, a Associação de Moradores
da Ilha da Culatra, a Associação Cultural Figura Nacional, a Associação
José Afonso e a Academia de Produtores Culturais.No
que respeita ao reforço da capacidade e sustentabilidade da sociedade
civil, em 15 dos 51 projetos aprovados o financiamento será entregue a
organizações não governamentais “que tenham definido nos seus planos
estratégicos ações prioritárias que possam colmatar as suas próprias
carências e potenciar pontos fortes, de modo a tornar mais eficaz a sua
ação junto da comunidade”. Entre estas, a
fundação faz referência à Associação Nacional de Intervenção Precoce, a
Associação Natureza Portugal, a Acreditar, o Instituto de Apoio à
Criança, a APAV, a FENACERCI e as Santas Casas da Misericórdia de
Barcelos e da Pampilhosa da Serra.A
Fundação Calouste Gulbenkian gere desde 2013 os fundos EEA Grants
(financiados pela Noruega, Islândia e Liechtenstein) destinados ao
reforço da Sociedade Civil portuguesa, atualmente no quadro do Programa
Cidadãos Ativ@s que vigora entre 2018 e 2024 e tem uma dotação de 11 milhões de euros.