Guardiola pede ao "resto de Espanha" que reconheça resultado das eleições na Catalunha
22 de dez. de 2017, 18:24
— Lusa/AO online
“O
mais importante é que muita gente votou, mais de 81%, penso. Agora, o
resto de Espanha tem de entender que ontem [quinta-feira], a Catalunha
se expressou claramente numa eleição legal e, com este voto, os catalães
expressaram a sua identidade”, apontou o técnico, natural da Catalunha.Segundo
Guardiola, os políticos detidos “devem recuperar a sua liberdade o mais
depressa possível” e pediu abertura para diálogo, para “esquecerem os
juízes e fazerem o melhor para a Catalunha e Espanha, que é o que toda a
gente quer”.O
treinador recusou ainda comentar a notícia do El Nacional, que aponta
uma acusação da Guarda Civil Espanhola ao treinador, de ofensa de
rebelião, por ter participado numa manifestação a favor da independência
em junho.Os
partidos que defendem a independência da Catalunha obtiveram uma maioria
absoluta no parlamento catalão, com 70 dos 135 lugares do parlamento
local, e prometem manter o desafio secessionista a Madrid. O número que
sobe para 78 lugares se forem contabilizados os defensores de um novo
referendo legal (partidos independentistas mais CatComú-Podem).No
entanto, o partido vencedor das eleições foi o Cidadãos, mas a cabeça
de lista, Inés Arrimadas, admitiu que não poderá ser chefe do governo
regional, considerando a "lei injusta" que "dá mais lugares a quem tem
menos votos" na rua. As
eleições foram convocadas pelo chefe do Governo espanhol, no final de
outubro, no mesmo dia em que decidiu dissolver o parlamento da Catalunha
e destituir o executivo regional presidido por Carles Puigdemont por
ter declarado unilateralmente a independência da região.