Guardas prisionais iniciam greve de três dias e exigem cumprimento de promessa do Governo
23 de out. de 2018, 10:19
— Lusa/AO Online
Na
quinta-feira, os guardas prisionais vão realizar uma vigília em frente à
residência oficial do primeiro-ministro, que decorrerá entre as 11 horas e as 14 horas."Depois
destas lutas, caso o Governo se mantenha em silêncio e a tutela
[Ministério da Justiça] não retomar as negociações do estatuto
profissional da guarda prisional, como se havia comprometido, iremos
agendar uma greve e uma vigília em novembro, realizando-se esta durante a
noite e frente à residência oficial do Presidente da República",
adverte o SNCGP, em comunicado.O
SNCGP - a estrutura mais representativa dos profissionais da guarda
prisional - refere que estas lutas resultam do "incumprimento do
compromisso assumido pelo Ministério da Justiça" de proceder à conclusão
da revisão do estatuto profissional até final de setembro.De
acordo com o sindicato, as negociações com a tutela pararam e ficaram
por discutir alterações sobre matérias de “enorme importância” para os
guardas prisionais, nomeadamente a alteração do horário de trabalho, a
revisão da tabela remuneratória e a criação de novas categorias mediante
equiparação ao pessoal da PSP."É
lamentável que não nos deixem outra possibilidade tendo em conta o
total silêncio relativamente aos vários pedidos de reunião que este
sindicato solicitou junto do gabinete da ministra da Justiça", critica o
SNCGP, presidido por Jorge Alves.O número de guardas prisionais é de cerca de 4.000 distribuídos por 50 estabelecimentos prisionais.