Guaidó considera "muito produtivo" encontro com Trump
Venezuela
6 de fev. de 2020, 13:11
— Lusa/AO Online
"Em nome dos
venezuelanos, estamos aqui porque, e 5 de janeiro, 7 de janeiro e 15
de janeiro, conseguimos resistir aos ataques de uma ditadura, resistir
ao que foi a tentativa de tomar o parlamento à força", declarou Guaidó
aos jornalistas.Guaidó referia-se a três
episódios em que deputados da oposição foram impedidos de entrar na
Assembleia Nacional (parlamento) por grupos de civis encarados pela
oposição e por grupos de direitos humanos como unidades paramilitares.O
também presidente da Assembleia Nacional (parlamento) falava depois de
visitar a Casa Branca para o seu primeiro encontro com Donald Trump,
cujo Governo foi o primeiro a reconhecer a legitimidade de Juan Guaidó,
após este se ter autoproclamado Presidente interino da Venezuela, em
janeiro de 2019. "Insistimos em todos os
momentos que temos o apoio do mundo, que não é a Juan Guaidó, é a uma
causa, é a democracia, é a liberdade, é a possibilidade de ver um
continente definitivamente livre, não permitindo refúgio a terroristas
nem a traficantes de drogas", acrescentou.Guaidó
agradeceu o "compromisso" de Trump, que no seu terceiro discurso anual
sobre o Estado da União perante o Congresso expressou o seu compromisso
com a "justa luta pela liberdade" da Venezuela."Enfrentamos
na Venezuela, como sabem, uma ditadura, uma ditadura que persegue, que
tortura, que sequestra, que ameaça de morte, que atentou contra o
veículo que transportava deputados em 15 de janeiro, que quer destruir
um país. Não vamos permitir isso", indicou Guaidó, acrescentando que
"ações concretas" contra o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, serão
anunciadas "no devido momento".Juan
Guaidó chegou na quarta-feira à Casa Branca acompanhado pelo seu
comissário para as Relações Exteriores da Venezuela, Julio Borges para
uma reunião com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.A
Venezuela, país que conta com cerca de 32 milhões de habitantes e com
uma significativa comunidade de portugueses e de lusodescendentes,
enfrenta um clima de grande instabilidade política, situação que se soma
a uma grave crise económica e social.