Grupo de trabalho sobre substituição de cabos submarinos faz 12 recomendações
14 de jan. de 2020, 17:04
— Lusa/AO Online
Na segunda-feira, o secretário de Estado
Adjunto e das Comunicações tinha afirmado, no debate na especialidade do
Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), que a nova geração de cabos
submarinos deve ser "um sistema aberto e não monopolista" que deve ter
sensores de deteção sísmica.Alberto Souto
de Miranda tinha também avançado que o grupo de trabalho sobre a
substituição dos cabos submarinos que asseguram as ligações de
comunicações Continente-Açores-Madeira (CAM) "cumpriu o prazo" e tinha
entregado o seu relatório "há dias".Hoje,
em comunicado, o gabinete do ministro das Infraestruturas e da Habitação
refere que os peritos que integraram o grupo de trabalho "concluíram
que Portugal tem agora uma oportunidade única e irrepetível para
melhorar a coesão territorial, contribuindo para o desenvolvimento
económico da zona continente-Açores-Madeira durante os próximos 25
anos".O relatório "contém 12
recomendações, calendarizadas, tendo em vista a entrada ao serviço do
novo anel CAM no prazo estabelecido, ou seja, no ano de 2023".O
Governo adianta que foi também analisada a oportunidade de constituição
de um novo anel CAM para a implementação de uma plataforma atlântica
CAM, com o grupo de trabalho a estimar ser necessário um investimento de
119 milhões de euros (inclui estações de cabos submarinos e adaptação
para prestação de serviços complementares).Sobre
o financiamento, refere o gabinete, "considera-se fundamental a
utilização de fundos comunitários, pelo que Portugal deverá identificar
este projeto como prioritário". O
relatório recomenda ainda que se analise, numa fase subsequente, a
necessidade de substituição das interligações nos arquipélagos dos
Açores e da Madeira".O Governo "irá agora
apreciar as conclusões do grupo de trabalho e deverá tomar decisões quer
sobre os prazos sugeridos, quer sobre o modelo de gestão e respetivo
financiamento".O grupo de trabalho incluiu
representantes dos ministros das Finanças, Planeamento e
Infraestruturas e Habitação, dos governos regionais e regulador das
comunicações Anacom.