Grupo de cidadãos quer melhorias nos centros de recolha de animais nos Açores
15 de fev. de 2022, 13:18
— Lusa/AO Online
Os subscritores da carta
manifestam a necessidade de “apoiar melhoramentos estruturais nos
Centros Oficiais de Recolha que assim necessitem”, através de trabalhos
de manutenção, reparação, canalização e eletricidade.Aquele
grupo de cidadãos quer zonas de lazer para os animais e espaços verdes
para que “possam andar e correr livremente, de forma a não ficarem
confinados em jaulas de dimensões reduzidas”.Os
cidadãos defendem que se deve “privilegiar o uso de métodos não cruéis e
não traumatizantes de captura dos animais abandonados e errantes" e que
se deve promover, "junto das autarquias, a elaboração de regulamentos
municipais de proteção dos animais, eficazes na dissuasão de eventuais
infrações à lei de proteção dos animais em vigor”.No
documento, subscreve-se ainda a realização de campanhas mensais de
sensibilização pública “contra o abandono e maus tratos de animais, a
favor da castração e da esterilização”, a par da “adoção responsável dos
cães e gatos recolhidos no centro de recolha oficial”.Pede-se
ao Governo Regional que crie uma portaria que permita às associações
“acederem a uma verba adicional à que atualmente recebem, já que os
valores que são entregues a estas para esterilizações e tratamentos de
animais são claramente insuficientes”.O
grupo de cidadãos defende também a “identificação obrigatória de todos
os munícipes que, de forma sistemática, entregam ou abandonam ninhadas
de cães e gatos”.Os subscritores da carta
defendem a promoção e realização de programas CED (captura,
esterilização e devolução) em colónias de animais de rua estabilizadas
por parte das câmaras municipais.Preconizam-se
ainda parcerias com as associações e grupos zoófilos locais, visando
“criar uma rede de suporte, que permitirá assegurar o bem-estar e saúde
dos animais errantes, em caso de sobrelotação nos centros de recolha
oficial”.O grupo de cidadãos considera que
as exceções previstas na proposta de segunda alteração ao Decreto
Legislativo Regional n.º 12/2016, de 8 de julho, que o Governo Regional
pretende fazer aprovar, “são perigosas, pois a sua falta de
especificidade permite uma abertura acentuada à prática do abate como
método de controlo populacional animal, esvaziando aquela legislação e
obliterando o escopo da mesma”.“Conscientes
da importância que as câmaras municipais desempenham na prevenção e
resolução dos problemas que afetam os animais abandonados, vimos alertar
para o quão importante é valorizarmos e promovermos cada vez mais a
proteção animal ao nível municipal e solicitar a vossas excelências que
assumam a proteção dos mesmos, não fazendo qualquer alteração à
legislação já em vigor”, conclui-se na carta.