Covid-19
Grupo de 11 sindicatos considera urgente retoma da TAP

Um grupo de 11 sindicatos representativos do setor da aviação civil considerou ser urgente a retoma da atividade na TAP, a manutenção dos salários e o fim do ‘lay-off’, pedindo reuniões com o Governo e com a transportadora.


Autor: Lusa/AO Online

“Consideramos urgente uma solução que permita a retoma da atividade, a proteção dos postos de trabalho, a manutenção dos salários e o fim do regime de ‘lay-off’ [suspensão dos contratos ou redução do horário de trabalho], neste importante setor da economia nacional”, lê-se num comunicado conjunto do grupo, que esteve hoje reunido para analisar a situação da TAP.

Por outro lado, os sindicatos decidiram, “face à ausência de informação”, pedir com urgência uma audiência com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e uma reunião à Comissão Executiva da TAP e ao Conselho de Administração da transportadora aérea.

Integram este grupo o Sindicato dos Economistas (SE), Sindicato dos Engenheiros (SERS), Sindicato dos Contabilistas (SICONT), Sindicato das Indústrias Metalúrgica e Afins (SIMA), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) e o Sindicato dos Técnicos de Manutenção da Aeronaves (SITEMA).

Fazem igualmente parte do grupo o Sindicato Nacional dos Engenheiros e Engenheiros Técnicos (SNEET), o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), o Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC) e o Sindicato dos Técnicos de ‘Handling’ de Aeroportos (STHA).

Na segunda-feira, a TAP publicou o seu plano de voo para os próximos dois meses que implica 27 ligações semanais em junho e 247 em julho, sendo a maioria de Lisboa.

Ao longo deste mês e à medida que foram levantadas algumas das restrições impostas às companhias aéreas, a TAP foi adicionando voos, nomeadamente para Londres e Paris, entre Porto e Lisboa, dois voos por semana para S. Paulo e um voo semanal para o Rio de Janeiro, sendo que, com isso, a operação da TAP no final do mês de maio será de 18 voos por semana.

Em junho, de acordo com o mesmo plano, a companhia aérea planeia voltar a operar mais voos intercontinentais, incluindo dois por semana para Nova Iorque (Newark), um para Luanda, a partir de dia 15, e outro para Maputo.

Em Portugal, as ligações entre Lisboa e a Madeira passarão a ser diárias, sendo que no final de junho a TAP contará com 27 voos semanais.

Em julho, a transportadora conta aumentar significativamente as ligações, ainda que em valores muito distantes dos três mil semanais que registava antes da pandemia.

Na passada sexta-feira, o Conselho de Administração da TAP decidiu voltar a prolongar o período de ‘lay-off’ dos trabalhadores até final de junho, justificando com as restrições à mobilidade e a operação reduzida prevista para junho.

A TAP recorreu, a 2 de abril, ao programa de ‘lay-off’ simplificado, disponibilizado pelo Governo como uma das medidas de apoio às empresas que sofrem os efeitos da pandemia de Covid-19, tendo-o posteriormente prolongado até 31 de maio.

A companhia está numa situação financeira agravada desde o início da crise provocada pela pandemia de covi-19, com a operação paralisada quase na totalidade, sendo debatida uma intervenção do Estado na empresa.