Groundforce e SATA assinam contrato coletivo de trabalho com o SITAVA
A Groundforce e a SATA assinaram hoje o contrato coletivo de trabalho com o Sindicato dos Trabalhadores dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), o mais representativo do setor, que deverá ser adaptado às empresas de 'handling' (assistência nos aeroportos).

Autor: Lusa/AO Online

 

Na cerimónia de assinatura do contrato coletivo de trabalho, o coordenador do SITAVA, Fernando Henriques, considerou que o acordo é "um passo histórico" para a normalização e uniformização das relações laborais entre as várias empresas a operar no mercado laboral.

"Hoje é dado um passo histórico para esta concorrência desleal que se tem vindo a verificar com consequências muito nefastas para os trabalhadores", declarou o dirigente sindical.

Apesar de o acordo só ter sido alcançado com a Grounforce e a SATA, deixando de fora a Portway, a Groundlink e a Ryanair, Fernando Henriques explicou à Lusa que será "para todo o setor do 'handling' [assistência em terra nos aeroportos], através de um pedido de portaria de extensão".

"Vamos requerer as portarias de extensão para estender às empresas que não têm regulamentação coletiva e assim as relações laborais ficarão normalizadas com este contrato coletivo de trabalho", acrescentou, reconhecendo "responsabilidades" por este acordo ter tardado a chegar.

O presidente executivo da Groundforce, Guilhermino Rodrigues, também lamentou que a regulamentação não se tenha adaptado às alterações da atividade do transporte aéreo e que "empresas e sindicatos não tenham conseguido ter um contrato coletivo de trabalho que uniformizasse as condições de concorrência".

"É um momento para uniformizar as condições do setor e ter um quadro de referência no qual operar", declarou, realçando que "o contrato coletivo de trabalho assinado irá garantir estabilidade ao setor ao harmonizar as condições de concorrência dos operadores".

Isto é, "este instrumento de regulamentação do trabalho cria regras comuns para todos e facilita a vida ao próprio regulador", acrescentou.