Greve nos CTT quinta e sexta-feira por melhores condições de trabalho e salvaguarda de empregos

20 de dez. de 2017, 10:36 — Lusa/AO online

Fernando Ambrioso, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, filiado na CGTP, disse à agência Lusa que "a paralisação deverá ter uma forte adesão, tendo em conta a mobilização demonstrada pelos trabalhadores nos locais de trabalho".O sindicalista prevê que a correspondência fique por distribuir nos dois dias da greve."Mas a população vai notar sobretudo os efeitos na distribuição do correio azul, dado que o correio normal já está a ser distribuído com muito atraso", disse. Fernando Ambrioso salientou que a redução de pessoal nos CTT tem levado à sobrecarga dos restantes trabalhadores e à degradação do serviço prestado."Por isso, um dos objetivos desta greve era pôr a população a discutir o que se pretende deste serviço e isso já foi conseguido", afirmou o sindicalista.A paralisação foi também convocada pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (SINDETELCO), filiado na UGT, e pelo SINQUADROS - Sindicato de Quadros das Comunicações. Na prática, a greve de dois dias começa ainda hoje à noite dado que vários grupos de trabalhadores do centro de tratamento de correio de Cabo Ruivo, em Lisboa, iniciam o seu turno às 22:00 e às 23:00.Os secretários gerais das duas centrais sindicais, CGTP e UGT, Arménio Carlos e Carlos Silva, respetivamente, vão estar junto dos trabalhadores de Cabo Ruivo no início da paralisação. Na terça-feira os CTT divulgaram um plano de reestruturação que prevê a redução de cerca de 800 postos de trabalho nas operações da empresa ao longo de três anos, devido à queda do tráfego do correio.Os CTT empregam 6.700 pessoas.