Greve nas instituições sociais dos Açores com adesão de 50%
Hoje 16:15
— Lusa/AO Online
Vítor
Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias
Transformadoras, Alimentação, Comércio e Escritórios, Hotelaria, Turismo
e Transportes (SITACEHTT), declarou à Lusa que se está a registar “uma
adesão muito significativa nos setores abrangidos” pela paralisação nas
creches e nos jardins-de-infância.De
acordo com o sindicalista, “são dezenas de valências que estão
encerradas por todas as ilhas” e a adesão “acima dos 50%” refere-se a um
valor “bastante significativo”.Esta
tarde, o sindicato vai “perceber também a adesão dos ATL” (atividades de
tempos livres), numa greve que abrange trabalhadores de creches,
jardins-de-infância e serviços de ATL das instituições particulares de
solidariedade social (IPSS) em todo o arquipélago.Paralelamente
à paralisação, registou-se uma concentração de trabalhadores no
Largo dos Remédios, em frente à Secretaria Regional da Saúde e
Solidariedade Social, em Angra do Heroísmo, numa iniciativa convocada
pelo sindicato para “repudiar as alterações à legislação laboral
propostas pelo Governo da República” e pela “dignificação dos
trabalhadores do setor das IPSS nos Açores”, condenando-se também o não
pagamento do subsídio de Natal.A URIPSSA -
União Regional de Instituições Particulares de Solidariedade Social dos
Açores e a URMA - União Regional de Misericórdias dos Açores indicaram
recentemente que corriam o “risco iminente” de falta de pagamento dos
salários de novembro e do subsídio de Natal aos trabalhadores.O assunto tem sido referido nas últimas semanas por sindicatos e partidos políticos da região.Contudo,
na sexta-feira, o presidente da URMA, Bento Barcelos, referiu à agência
Lusa que o subsídio de Natal dos 2.550 trabalhadores das 23
Misericórdias dos Açores vão ser pagos até ao dia 15 de dezembro.Bento
Barcelos afirmou que “nunca estiveram em causa dificuldades do ponto de
vista do salário de novembro” dos trabalhadores e que, relativamente ao
subsídio de Natal, “poucas eram as Misericórdias que tinham
dificuldades de liquidez para fazer este pagamento”.