Autor: Susete Rodrigues/AO Online
Anabela Lopes, em declarações à Rádio Açores TSF explicou que os dados são difíceis de obter porque “além de estarmos no período de férias, temos o maior hospital da Região a trabalhar em diversos locais, devido ao incêndio de maio”.
A dirigente sindical afirmou ainda que alguns médicos na Região gostariam de estar em greve, “mas não conseguem porque alguns vão de férias em breve e quem faz greve remarca os utentes para um futuro próximo e, em consciência, não fizeram porque não tinham agenda para marcar as consultas”.
No que diz respeito às reivindicações dos médicos, Anabela Lopes, começa por afirmar que são as mesmas para o Serviço Nacional de Saúde como para o Serviço Regional, e passam pela “passagem do horário de trabalho novamente para as 35 horas; pela redução das listas de utentes para que os médicos de família possam atender de forma mais precisa os seus paciente; pela redução do número de horas a prestar em serviço de urgência para que os médicos possam garantir mais tempo, quer para internamentos quer para a consulta externa; colocar os internos – que são um terço dos médicos em Portugal - dentro da carreira médica; e que a negociação das grelhas salariais seja realizada até ao mês de setembro, por forma a termos no Orçamento de Estado para 2025 o resultado destas negociações. Na Região temos a acrescentar o subsídio de fixação”.
Anabela Lopes, disse ainda que “nos Açores tal como no Continente, é notório ver uma demanda de médicos do público para o privado, onde têm, além de melhores salários, muitas melhores condições de trabalho e se calhar menos pressão”. Por isso “queremos é mais médicos no Serviço Regional e Nacional de Saúde para que qualquer pessoa, em qualquer ponto de Portugal e dos Açores, possa ter acesso à saúde”.