Greve contra reforma de regimes especiais de aposentações de Sarkozy

14 de nov. de 2007, 08:28 — Lusa/AO

A esperança de evitar uma longa greve, comparável a um conflito de 1995 que se prolongou por três semanas surgiu, contudo, terça-feira à noite com o anúncio de novas negociações entre sindicatos e governo.     Nos caminhos-de-ferro, apenas uma média de 20 e 25 por cento dos comboios circulava hoje de manhã em toda a França.     Esta percentagem é no entanto superior à da greve anterior, de 18 Outubro, durante a qual 05 a 10 por cento dos comboios estiveram ao serviço dos utentes.     No metropolitano, de Paris, o trânsito está igualmente muito afectado com uma em cada cinco carruagens a circularem, 15 por cento de autocarros e muito poucas ligações entre Paris e os subúrbios.     Paralelamente, gigantescos engarrafamentos formaram-se nos arredores das grandes cidades : 300 quilómetros de filas de automóveis acumuladas, dos quais dois terços na região de Paris, foram assinaladas às 07:30 locais (06:30 em Lisboa).     Preparados há vários dias para uma "quarta-feira negra", muitos franceses optaram por soluções alternativas - hotéis, partilha de automóveis, bicicletas, boleias ou caminhadas a pé.     Este conflito é considerado um teste importante para Nicolas Sarkozy, que fez da reforma regimes especiais de aposentações um símbolo da sua vontade de mudar o país a fundo, afirmando que não cederia nesse campo.