Greve a trabalho extraordinário na SATA gera "enormes constrangimentos"
21 de jan. de 2020, 09:45
— Lusa/AO Online
Ana
Cunha declarou que, para evitar a greve entre 21 e 23 de dezembro dos
técnicos de manutenção de aeronaves da SATA Air Açores, foi proposto
pela empresa, como contrapartida para atender às pretensões dos
trabalhadores, o fim da paralisação ao trabalho extraordinário e
noturno, que ainda decorre, a par da paralisação de três dias, o que não
foi atendido pelos sindicatos. A titular
da pasta dos Transportes foi hoje ouvida na Comissão Parlamentar de
Economia, na delegação de São Miguel do parlamento dos Açores, por
iniciativa do deputado único do PPM, Paulo Estevão, sobre as
consequências da greve realizada entre 21 e 23 de dezembro pelos
técnicos de manutenção de aeronaves da SATA Air Açores, que querem a
valorização da carreira e dos salários.Ana
Cunha referiu que os sindicatos representativos dos técnicos de
manutenção de aeronaves, trabalhadores que já tinham sido alvo em 2018
de uma revisão salarial, reivindicaram, além de um acordo de empresa
individualizado, um aumento salarial em valores brutos de mil euros em
três anos, em detrimento de valor percentual, proposta que “não era
comportável”.A governante adiantou que a
empresa tem vindo a privilegiar negociações salariais a prazo de três a
cinco anos para “garantir estabilidade laboral”, a par do “menor número
de irregularidades [na operação] possíveis”, o que foi “possível com
outros sindicatos”.Adiantando que o
conselho de administração da SATA vai retomar as negociações, Ana Cunha
reconheceu que os sindicatos representativos dos técnicos de manutenção
“manifestaram a sua força” com a greve de dezembro, mas questionou a
força a qualquer preço.A responsável
governamental admitiu que durante os dias de greve em dezembro de 2019
houve “diversas falhas de comunicação” com os passageiros, que “foi
muito difícil”, tendo os casos mais críticos sido com passageiros das
Flores e São Jorge.