Grande Prémio de Portugal regressa ao Mundial de Fórmula 1 em 2027 e 2028
Hoje 10:03
— Lusa/AO Online
O
acordo entre o Governo português e os promotores do campeonato foi
assinado em Londres, mas a data da realização do Grande Prémio só vai
ser conhecida em junho de 2026, quando for definido o calendário do
Campeonato do Mundo de 2027, sendo previsível que integre a 'temporada'
europeia, durante a primavera."Associamo-nos
ao anúncio que está a ser feito em Londres a esta hora, que Portugal
volta a integrar o calendário do Grande Prémio de Fórmula 1 já em 2027,
no Autódromo Internacional do Algarve, e também está previsto que a
prova regresse em 2028", disso o ministro da tutela.O
Governo espera um impacto económico “não inferior a 140 milhões de
euros em cada um dos anos”, sendo o custo estimado para o Estado
português “inferior ao valor da receita esperada de impostos sobre a
atividade económica” associada à realização da prova.Manuel
Castro Almeida justificou a recusa em avançar com números concretos com
o “dever de reserva”, numa altura em que a Federação Internacional do
Automóvel (FIA) ainda está a negociar com outros países, mas garantiu
que serão divulgados mais tarde e que “não haverá saldo negativo para o
Estado”.“Os números serão todos públicos e
será tudo muito transparente. São valores substancialmente inferiores
aos que referi. (...) O volume de impostos que serão cobrados em função
do acréscimo da atividade económica, o tal valor que estimamos em cerca
de 140 milhões de euros em cada prova, vai ser de valor superior ao
custo que o Estado vai suportar”, reforçou.Segundo
o ministro, o Grande Prémio de Portugal de F1 vai trazer ao Algarve
cerca de 200.000 visitantes, em cada ano, e deverá ter uma assistência a
rondar 150.000 espetadores, mais metade dos quais internacionais, bem
como 920 milhões de seguidores a nível mundial.“É
uma grande oportunidade para a valorização do Algarve como destino
turístico diversificado e para toda a sua economia local. E é uma
excecional promoção da imagem de Portugal, junto de quase mil milhões de
pessoas, como um país moderno, dinâmico, ambicioso, com capacidade de
atrair os eventos mais exigentes à escala mundial”, observou Manuel
Castro Almeida.O ministro da Economia e da
Coesão Territorial defendeu que Portugal “tem capacidade para integrar o
clube muito restrito de países que podem acolher esta prova tão
relevante”, mas reconheceu que os atuais constrangimentos nos aeroportos
nacionais representariam “um grave problema” se a prova se realizasse
em breve.“Se tudo estivesse, na altura das
provas, em 2027, como está hoje, seria um grave problema. Mas temos uma
profunda convicção de que em 2027 a situação das entradas nos
aeroportos vai estar francamente melhor”, sustentou.Estas
vão ser as 19.ª e 20.ªs edições do Grande Prémio de Portugal, novamente
no Algarve, depois das corridas iniciais, em 1958 e 1960, no circuito
da Boavista, no Porto, a de 1959 em Monsanto, em Lisboa, e entre 1984 e
1996 no Autódromo do Estoril, em Cascais.A
Fórmula 1 regressou a Portugal em 2020, após 24 anos de ausência do
Mundial, na sequência da reorganização dos calendários devido à pandemia
de covid-19, para a primeira de duas edições em Portimão, que vai
voltar ao Mundial.