Governo vai pagar pensões a mais 16.000 vítimas do Holocausto

Alemanha

6 de dez. de 2011, 08:30 — Lusa/AO Online

Com o novo acordo, anunciado na segunda-feira, a Alemanha passa a pagar pensões de indemnização a um total de 66.000 sobreviventes dos campos de concentração e guetos nazis, incluindo pessoas que tiveram de viver escondidas sob falsa identidade. "Não é uma questão de dinheiro. É o reconhecimento da Alemanha do sofrimento causado a estas pessoas", disse Greg Schneider, vice-presidente executivo da conferência. Schneider disse que o acordo humanitário foi possível graças ao alargamento dos critérios de pagamento aos sobreviventes do Holocausto. De acordo com as novas regras, que entram em vigor a partir de 01 de janeiro, qualquer judeu que tenha passado 12 meses num gueto, escondido ou a viver sob falsa identidade, é elegível para uma pensão de 300 euros mensais (cerca de 375 dólares). Para os residentes nos países do antigo bloco soviético, o valor mensal é de 260 euros. Dos novos beneficiários das pensões do governo alemão, 5.000 vivem nos Estados Unidos. "Eles estão finalmente a ver reconhecidos os horrores que passaram na sua infância", disse Schneider à Associated Press. Todavia, parte do acordo não cobre imediatamente os sobreviventes nascidos a partir de 1938. "Iremos continuar a pressionar para uma maior liberalização, de forma a assegurar que nenhum sobrevivente do Holocausto é privado do reconhecimento que merece", afirmou, em comunicado, Stuart Eizenstat, negociador especial da conferência. Schneider planeia nova viagem a Berlim em janeiro para dar continuidade às negociações.