Governo vai decretar três dias de luto nacional entre sábado e segunda-feira
10 de set. de 2021, 12:04
— Lusa/AO online
Jorge
Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da
República (1996/2006), morreu hoje aos 81 anos, depois de ter estado
internado no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, desde 27 de agosto, com
dificuldades respiratórias.Esta
decisão referente aos três dias de luto nacional, segundo o
primeiro-ministro, está a ser assinada em Conselho de Ministros
eletrónico.“O
Conselho de Ministros eletrónico está neste momento a decorrer e irá
decretar o luto nacional por um período de três dias, sábado, domingo e
segunda-feira. Em contacto com a família, serão ainda hoje anunciados as
datas, os locais e horários dos diferentes momentos das cerimónias
fúnebres que acompanharão o dr. Jorge Sampaio”, acrescentou António
Costa, numa declaração a partir de São Bento.Antes
do 25 de Abril de 1974, Jorge Sampaio foi um dos protagonistas da crise
académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado
movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como
advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.Jorge
Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara
Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).Após
a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo
secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a
Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante
da ONU para a Aliança das Civilizações.Atualmente
presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si
em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência
académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens
sem acesso à educação.