Governo segue recomendação da CTI e escolhe Alcochete
Aeroporto
15 de mai. de 2024, 11:27
— Lusa/AO Online
"O Governo decidiu aprovar o
desenvolvimento do novo aeroporto de Lisboa com vista à substituição
integral do Aeroporto Humberto Delgado no campo de tiro de Alcochete e
atribuir-lhe a denominação de Aeroporto Luís de Camões”, anunciou Luís
Montenegro, numa declaração ao país, após uma reunião extraordinária do
Conselho de Ministros, esta tarde.A CTI
publicou no dia 11 de março o relatório final da avaliação ambiental
estratégica do novo aeroporto, mantendo a recomendação de uma solução
única em Alcochete, a mais vantajosa, ou Vendas Novas, apontando ainda
que Humberto Delgado + Santarém poderia ser uma solução transitória.O
PSD decidiu constituir um grupo de trabalho interno para analisar a
localização do novo aeroporto de Lisboa, depois de ter acordado com o PS
a constituição de uma CTI para fazer a avaliação ambiental estratégica.O
presidente social-democrata, Luís Montenegro, garantiu, antes de ser
eleito, que a decisão seria tomada “nos primeiros dias” de Governo.O
Governo explicou que o Campo de Tiro de Alcochete tem a vantagem
de se localizar inteiramente em terrenos públicos, enquanto Vendas Novas
requer expropriações, representando ónus adicional e permite, no
futuro, crescer de duas para quatro pistas, caso haja necessidade.O
ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que falou
depois do primeiro-ministro, lembrou ainda que Alcochete já teve
Declaração de Impacte Ambiental aprovada, atualmente caducada, e que é
mais próximo de Lisboa, comparativamente a Vendas Novas, exigindo menos
tempo e custos de deslocação.O Governo
apontou ainda como vantagem a proximidade de Alcochete às principais
vias rodoviárias e ferroviárias, o que permite descentralizar o tráfego
do centro de Lisboa.Nos fundamentos do
Governo para a decisão pesou ainda a possibilidade de acomodar os planos
de expansão da TAP, que tem projeções preliminares de 190-250 aeronaves
em 2050, sendo que as soluções duais podiam por em causa a
sustentabilidade do ‘hub’ (plataforma de distribuição de voos).