Governo remete para prazo “muitíssimo curto” divulgação de detalhes do ‘lay-off’simplificado
23 de jul. de 2020, 17:36
— Lusa/AO Online
Questionado hoje, no final do
Conselho de Ministros, sobre se o Governo já tinha discutido a extensão
do ‘lay-off’ simplificado, o secretário de Estado da Presidência do
Conselho de Ministros, André Moz Caldas, precisou que as “medidas que
substituirão o ‘lay-off’ simplificado” dependem da autorização
legislativa que consta do OE Suplementar, pelo que o Governo apenas
poderá deliberar sobre elas depois de a alteração ao Orçamento do Estado
entrar em vigor.Apesar deste compasso de
espera formal, André Moz Caldas referiu ter havido “já uma discussão na
generalidade do conteúdo dessas medidas que permitirá que o Governo
possa, muito rapidamente, tomar decisões nessa matéria”.O
secretário de Estado remeteu a divulgação dos detalhes das medidas para
depois de essas deliberações terem sido efetivamente tomadas o que,
referiu, “terá lugar num prazo muitíssimo curto”.O
‘lay-off’ simplificado, que prevê a suspensão do contrato de trabalho
ou a redução do horário de trabalho e o pagamento de dois terços da
remuneração normal ilíquida, financiada em 70% pela Segurança Social e
em 30% pela empresa, terminava inicialmente em junho, tendo sido
prorrogado até final de julho.O Programa
de Estabilização Económica e Social (PEES) e o Orçamento do Estado
Suplementar, preveem que, a partir de agosto, o ‘lay-off’ simplificado
continue a ser possível apenas para as empresas que permanecem
encerradas por obrigação legal. Para as
restantes empresas em dificuldades devido à pandemia estão previstos
novos apoios a partir de agosto com vista à retoma progressiva da
atividade, sem a possibilidade de suspensão do contrato, mas apenas de
redução do horário de trabalho.Na sua
última edição, o semanário ‘Expresso’ escrevia que o Governo equaciona
prolongar o ‘lay-off’ simplificado para além de julho, para as empresas
mais atingidas.“Achamos que devemos
reforçar medidas de apoio às empresas e ao emprego, nomeadamente
equacionamos renovar o 'lay-off' simplificado para empresas com quebras
significativas de faturação”, disse ao semanário o ministro de Estado e
da Economia, Pedro Siza Vieira.