Governo rejeita ameaças da Ryanair e garante defesa do destino Açores
Hoje 18:26
— Lusa/AO Online
A companhia
aérea de baixo custo alegou para o fim das ligações aéreas de e para a
região autónoma dos Açores “elevadas taxas aeroportuárias” e acusou o
Governo de “inação”.Em declarações aos
jornalistas a margem do 24.º Congresso da Associação Nacional de
Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), em
Vilamoura, no Algarve, Miguel Pinto Luz disse que as declarações da
Ryanair “foram recebidas com enorme surpresa”“A
Ryanair já nos habituou, ao longo dos anos, a atitudes e afirmações
fora das regras normais de funcionamento entre instituições. Do lado do
Governo português não vai ter a mesma resposta”, afirmou o governante.O
ministro classificou algumas das afirmações da Ryanair “como
desonestas”, porque comparam períodos que “não é possível comparar”. Segundo
o ministro, as taxas de navegação aérea têm vindo a descer desde 2023,
colocando Portugal entre os países mais competitivos da Europa.“É
só avaliar a evolução das taxas nos últimos anos e algumas das
afirmações até são desonestas desse ponto de vista, porque comparam anos
que não é possível comparar”, sublinhou.Miguel
Pinto Luz recordou ainda que “tanto o Governo Regional dos Açores como o
Turismo de Portugal têm apoiado a Ryanair para voar para Portugal e,
neste caso, para o destino Açores”, ao longo dos últimos anos.“Faremos
tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que a Região Autónoma
dos Açores não saia prejudicada. Mas não aceitamos ultimatos, nem
ameaças, nem falsas alegações. Somos pela verdade”, concluiu.A
Ryanair anunciou na quinta-feira que irá cancelar todos os voos de e
para os Açores a partir de 29 de março de 2026, justificando a decisão
com “taxas elevadas” e acusando o Governo português de “inação”, após um
aumento de 120% nas taxas de navegação aérea e a introdução de uma taxa
de viagem de dois euros.