Governo reitera que não foi informado da decisão da Ryanair
Hoje 09:33
— Arthur Melo
“O Governo
Regional dos Açores não recebeu qualquer comunicação a dar conhecimento
da decisão da Ryanair de cessar a sua operação na Região Autónoma dos
Açores a partir de 29 de março de 2026”, refere o executivo, vincando
que a “informação existente é pública”. No mesmo documento, o
Governo detalha que a saída da companhia aérea irlandesa de baixo custo
vai significar a retirada de 190 mil lugares a partir de Lisboa, Porto,
Stansted (Londres) e Charleroi (Bruxelas), com destino às ilhas de São
Miguel e Terceira, salientando que continua a acompanhar
“permanentemente a evolução do mercado da aviação comercial”, ao mesmo
tempo que “tem vindo a implementar um conjunto de medidas destinadas a
mitigar riscos associados à dependência de um número limitado de
operadores, assegurando simultaneamente a continuidade territorial, a
estabilidade da oferta e a proteção dos interesses dos residentes e
visitantes”. A este propósito, o Governo lembra que em 2023, quando a
Ryanair reduziu em 63% a sua operação na Região, por via do
encerramento da base em Ponta Delgada, “os restantes operadores aéreos a
atuar na Região ajustaram oportunamente a sua oferta, de modo a
assegurar a resposta à procura pelo destino Açores, contribuindo para
mitigar riscos de dependência excessiva e garantir a continuidade da
acessibilidade aérea para residentes e visitantes”. O Chega indagou o
Governo sobre a eventual existência de um plano estratégico de
conectividade aérea low cost para 2026–2030, respondendo o executivo que
não interfere “na lógica empresarial de exploração de rotas aéreas”,
uma competência da Visit Azores, “em estreita articulação com os agentes
dos setores público e privado”, realça a resposta governamental.