Governo reinvindica regime de exceção para substituição da frota de pesca à UE
19 de dez. de 2017, 15:06
— Lusa/AO online
Em
documento citado por uma nota do gabinete de imprensa do Governo
Regional, considera-se que as artes de pesca utilizadas, as
características técnicas das embarcações e o seu padrão de exploração e,
ainda, as condições meteorológicas adversas, “afetam, de forma
significativa, a capacidade de operação das embarcações, especialmente
as de menores dimensões”.O
executivo insular advoga que os indicadores de capacidade de pesca
“devem ser adaptados à realidade das diversas frotas e pescarias, em
particular no caso das regiões ultraperiféricas”.No
seu parecer sobre o sistema de entrada e saída da frota de pesca, o
Governo Regional refere que, no caso açoriano, os atuais indicadores
utilizados para aferição da capacidade de pesca e gestão das entradas e
saídas na frota, designadamente a arqueação e a potência das
embarcações, “são inadaptados à realidade da frota e das pescarias”,O
Governo Regional entende que as restrições atuais são “claramente
justificadas” apenas para a frota que utiliza artes de arrasto,
inexistente nos Açores, preconizando, por isso, que os indicadores de
capacidade da frota na região devem ser “o número de embarcações e a
respetiva arqueação”.No
documento enviado a Bruxelas, o Governo dos Açores considera que “estão
reunidas as condições para que se proceda a uma adaptação do regime de
gestão da capacidade de pesca” na região no sentido de garantir “o
equilíbrio entre a capacidade de pesca das frotas e as suas
possibilidades de pesca”. O
executivo socialista recorda o compromisso da Comissão Europeia em
“examinar a possibilidade de permitir auxílios estatais para a
construção de novos navios nas regiões ultraperiféricas, alterando as
orientações em matéria de auxílios estatais para o setor das pescas”.Para
o Governo dos Açores, “a cada nova embarcação construída que entre na
frota de pesca deverá corresponder a saída de uma embarcação ativa com
arqueação igual ou superior, de modo a não aumentar o esforço de pesca”.