Governo Regional da Madeira rejeita redução da taxa de IVA na região
7 de jul. de 2021, 11:14
— Lusa/AO Online
“É
muito mais razoável, do nosso ponto de vista, a redução dos impostos
sobre o rendimento, como aconteceu na Madeira. Já fizemos a última
redução quer do IRC, quer do IRS e ainda da derrama, que significou uma
redução de 49 milhões de euros, do que estarmos a fazer uma redução do
IVA […], que foi essa a redução dos Açores”, afirmou Miguel Albuquerque,
em declarações aos jornalistas à margem da inauguração da obra “Coroa
do Ilhéu”, em Câmara de Lobos.A 23 de junho, o Governo Regional dos Açores anunciou que a taxa normal
de IVA nos Açores ia passar de 18% para 16% a partir de 01 de julho.O
presidente do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, salientou
ainda que uma “redução de forma progressiva [dos impostos] em função do
rendimento das pessoas é muito mais importante do que um imposto sobre o
consumo”.Relativamente
ao processo de vacinação contra a Covid-19 e ao anúncio do executivo
regional de que as crianças a partir dos 12 anos iriam começar a ser já
vacinadas, ao contrário do que acontece no continente, Miguel
Albuquerque afirmou que a Madeira tem uma orientação própria, que “tem
dado resultado”.“O
que vamos fazer agora é vacinar os jovens porque esta variante Delta
tem uma incidência muito forte nos jovens. Portanto, primeiro vamos
fazer a vacinação agora nas férias dos estudantes universitários [...]
que vêm para a Madeira”, disse, acrescentando que será igualmente
iniciada “de forma acelerada” a vacinação de jovens com mais de 12 anos.Questionado
sobre a continuação das medidas restritivas nas visitas a lares, Miguel
Albuquerque ressalvou que “o primeiro valor a salvaguardar é a vida das
pessoas”.A
obra escultórica “Coroa do Ilhéu” inaugurada hoje nos Jardins do Ilhéu
de Câmara de Lobos foi realizada pelo artista plástico madeirense
Ricardo Gouveia, conhecido no mundo das artes por Rigo.Uma
centena de pessoas estiveram envolvidas na construção da escultura,
segundo Rigo, que assumiu que a sua maior motivação “foram as memórias
de infância”, em que passava pela praia e via os barcos a serem
construídos.A
obra, de madeira, betão e azulejos e que representa um barco ‘Xavelha’
de cerca de 10 metros – nome dado às tradicionais embarcações utilizadas
na pesca do peixe espada preto – e um pescador, foi encomendada pela
Secretaria Regional de Turismo e Cultura e representou um investimento
de cerca de 65 mil euros.“Durante
sete décadas isto foi o bairro dos pescadores e eu acho que fui uma
conduta para dar mais visibilidade a essa presença que existiu aqui
durante bastante tempo”, declarou o artista madeirense, relembrando o
porquê da escolha dos Jardins do Ilhéu para colocar a escultura.