Governo reconhece-se na mensagem de Ano Novo de Marcelo
2 de jan. de 2019, 14:45
— Lusa/AO Online
“Temos assistido,
efetivamente, a esse caminho para o populismo e, às vezes, para
situações ou de xenofobia ou de impulsos de extrema direita e de
radicalismos perigosos nalgumas das nossas democracias, até na própria
Europa”, afirmou aos jornalistas em Vouzela, onde acompanhou a entrega
de chaves de habitações reconstruídas após os incêndios de outubro de
2017.Também na
Europa, partidos da extrema direita, “com impulsos que nós não
queríamos nas nossas democracias, têm encontrado espaço”, acrescentou o
ministro do Planeamento e das Infraestruturas.O
Presidente da República apelou, na terça-feira, ao exercício do voto
nos três atos eleitorais de 2019 e considerou fundamental que haja bom
senso nessas campanhas, advertindo que radicalismos, arrogâncias e
promessas impossíveis destroem a democracia.Na
opinião de Pedro Marques, “o discurso de Ano Novo do Presidente da
República foi muito bem recebido em toda a classe política”, mas,
sobretudo, pelos portugueses em geral.Segundo
o ministro, os impulsos populistas “têm encontrado espaço sempre que as
pessoas sentem desesperança ou sentem que as desigualdades permanecem”.Por
isso, o Governo a que pertence tem trabalhado para que estes quatro
anos sejam “de recuperação económica e de recuperação de emprego no
país” e também “de redução de desigualdades, porque os portugueses têm
que compreender que os políticos estão a governar para melhorar as
condições de vida dos que menos têm”, garantiu. “É para isso que a política pública serve, se não funcionava apenas a economia de mercado”, frisou.