Governo recomenda a instituições de ensino superior que adaptem atividade
Covid-1
21 de jan. de 2021, 17:58
— Lusa/AO Online
No contexto das
medidas inseridas no estado de emergência, o Ministério da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) emitiu uma recomendação para serem
adotadas alternativas ao regime presencial, incluindo na avaliação de
estudantes, “quando adequado”.A tutela
recomendou também que a interrupção das atividades de ensino em regime
presencial seja “compensada na íntegra” por atividades não presenciais,
garantindo “o reforço adequado dos tempos de aprendizagem” e de apoio
aos estudantes.O Governo quer evitar períodos de férias letivas não previstas. Às
instituições pede que confirmem que a recalendarização e o eventual
adiamento de avaliações garante que os estudantes são informados.“Deve
também ser ponderada a eventual criação de períodos extraordinários de
avaliação ou o acesso a épocas de avaliação especial”, lê-se no
documento do ministério. As instituições
devem garantir, “sempre que seja possível e adequado”, a antecipação ou
recalendarização do início das atividades letivas do segundo semestre em
formato de ensino a distância.Da mesma
forma, deve ser garantida a “aplicação obrigatória do teletrabalho”,
sempre que seja compatível com as funções desempenhadas pelos
trabalhadores.Deverão ser identificados os serviços essenciais, a assegurar presencialmente pelos trabalhadores. O
acesso equitativo dos estudantes às atividades de ensino não
presencial, “com particular atenção aos estudantes com necessidades
educativas especiais”, bem como o apoio psicológico e acompanhamento de
saúde mental à comunidade educativa, “em estreita articulação com as
associações e federações de estudantes” está contemplado na lista de
recomendações.O acompanhamento e apoio a
estudantes estrangeiros em Portugal e a estudantes portugueses no
estrangeiro, sobretudo aos envolvidos em programas de mobilidade, deve
ser feito “em estreita articulação com os regimes de mobilidade que
venham a ser adotados na Europa e em interação contínua com a Agência
ERASMUS+, entre outras autoridades”.As
bibliotecas, cantinas e residências devem permanecer operacionais,
segundo a tutela, e com reforço das medidas de segurança, para garantir
serviços de entrega de refeições. “O
ensino clínico e os estágios, em particular os estágios clínicos, devem
manter-se em regime presencial sempre que possível, devendo ser
desenvolvidos novos esforços de colaboração entre as instituições
envolvidas”, acrescentou o ministério na nota. Também
o acesso a laboratórios e infraestruturas científicas deve ser
garantido para “a realização de trabalhos de investigação em curso,
inadiáveis, nomeadamente no âmbito de teses”. Já
os trabalhos de júris no âmbito das carreiras de pessoal docente e não
docente, bem como a apresentação e avaliação de dissertações e teses
académicas, “podem e devem funcionar com recurso a meios de
videoconferência”. “Caso o confinamento
venha a perdurar, serão garantidos os instrumentos legais necessários
para que as atividades de ensino a distância sejam devidamente
acreditadas”, segundo o MCTES.