Governo prevê retoma da circulação na estrada regional do Raminho em 2026
17 de jun. de 2024, 11:11
— Lusa
Em declarações à Lusa na
sequência de um requerimento do Chega/Açores, o diretor regional das
Obras Públicas, Pedro Azevedo, esclareceu que a empreitada “deverá estar
finalizada no primeiro semestre de 2026, estando orçada em cinco
milhões de euros”. A atual crise sísmica afeta a ilha Terceira desde 2022.
Pedro Azevedo adiantou que o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) já
lançou, entretanto, um ajuste direto para “melhorar as condições de
segurança e circulação no caminho alternativo” à estrada regional do
Raminho. Os trabalhos na via alternativa
são desenvolvidos em parceria com a Secretaria Regional da Agricultura e
Alimentação, de acordo com o diretor regional das Obras Públicas.
Os deputados do Chega/Açores haviam questionado o Governo Regional,
num requerimento entregue na Assembleia Legislativa Regional, sobre a
situação da estrada regional. Na
resposta ao requerimento (disponível no ‘site’ do parlamento regional), o
secretário regional dos Assuntos Parlamentares, Paulo Estêvão, refere
que o executivo açoriano está, “de momento, a terminar as peças do
procedimento para o lançamento do concurso de conceção-construção para a
empreitada de reposição das condições de circulação”.
É também indicado que a obra está orçada em quatro milhões de euros e
que “o prazo da intervenção vai estar submetido a concurso", tendo sido
"definido um prazo máximo para a empreitada de 18 meses". "Estima-se que a obra esteja concluída no primeiro semestre de 2026”, frisa Paulo Estêvão.
O secretário regional afirma que “foram estudadas todas as soluções
para a eventual reabertura, mesmo que parcial, do troço de estrada
regional”, mas “devido à continuação da crise sísmica no local,
associada à grande instabilidade dos taludes, e existindo uma
alternativa viária, foi tomada a decisão de manter a via interrompida de
forma a garantir a total segurança das pessoas".
De acordo com a resposta do executivo, a Secretaria Regional do
Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, através da Direção Regional das
Obras Públicas e do Laboratório Regional de Engenharia Civil, estudou
“várias hipóteses para a estabilização, tanto do talude de escavação,
como do talude de aterro”. Foi
ponderado, “tanto para nascente como para poente, a colocação de
barreiras dinâmicas, entre outras soluções geotécnicas”.
Porém, "devido à grande heterogeneidade dos taludes, e não existindo
uma só solução que garanta um projeto de execução rigoroso", entendeu-se
que "a melhor opção seria a adoção de um procedimento para a
contratação de uma empreitada em regime de conceção-construção”.
O executivo assegura, em reposta ao Chega, que “não é possível uma
solução célere, que garanta a segurança total dos utentes da via em
apreço”. Desde 24 de junho de 2022 que a
atividade sísmica no vulcão de Santa Bárbara, na ilha Terceira, se
encontra “acima dos valores normais de referência”, segundo o Centro de
Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA). Nos últimos meses, o número de sismos sentidos pela população aumentou, assim como a intensidade dos eventos.