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Desenvolvimento Rural
Governo pretende "dar força " à Agricultura
O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, disse hoje, em Estremoz, que o Governo pretende "dar força à agricultura", aproveitando as organizações de produtores e "a motivação" do poder local.

Autor: TCA/LUSA

"O Ministério da Agricultura está interessado em deitar mão de todos os mecanismos possíveis, e não apenas aos financeiros, para que a agricultura conquiste o seu lugar próprio, e para que o país possa aproveitar os seus recursos de uma forma mais eficaz", salientou. Daniel Campelo falava na cerimónia de inauguração da 26ª Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz (FIAPE), um dos certames mais importantes do Alentejo, com mais de 250 expositores, que decorre até domingo, no parque de feiras e exposições da cidade. O governante lançou um desafio aos municípios portugueses que se queiram envolver com os produtores agrícolas, com as suas organizações e com o Governo, no sentido de se fazer uma parceria que permita "aproveitar melhor a terra e dignificar mais os agricultores". Daniel Campelo realçou que "as pessoas mais importantes que existem na cadeia social, são os produtores de alimentos, quer estes sejam de origem animal ou vegetal". "As segundas pessoas mais importantes, são aquelas que mantém a terra viva, a terra produtiva", indicou Daniel Campelo, acrescentando que essas pessoas são normalmente as mesmas que produzem os alimentos. "O país passou muito tempo desprezando, de certa forma, o trabalho destas pessoas", salientou. Referindo-se à bolsa de terras, o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, indicou que "há ainda 125 mil hectares de superfície agrícola em Portugal que o país ainda não utiliza". "Portugal não se pode dar ao luxo de desperdiçar esta terra e não a aproveitar, para tentar contribuir de uma forma decisiva para produzir mais, importando menos, contribuindo para o equilíbrio da balança comercial que hoje nos é muito desfavorável", realçou. Sobre a Barragem de Veiros, no concelho de Estremoz, Daniel Campelo, indicou que o Governo já decidiu o lançamento do concurso da segunda fase, que completa o ciclo de distribuição de água, permitindo a rega a cerca de 1.200 hectares de terrenos. O presidente da Associação de Criadores de Ovinos da Região de Estremoz, João Tavares, considerou que a FIAPE é "o maior certame de atividades económicas do Alto Alentejo", com destaque para o setor da pecuária. Por seu turno, o presidente do município de Estremoz, Luís Mourinha, apelou ao Governo para "intensificar o investimento no interior e na agricultura".