“Já
pré-ativámos os mecanismos de apoio à nossa disposição”, garantiu
Augusto Santos Silva em declarações aos jornalistas na China, onde está a
acompanhar a visita do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.Recomendando
que “tomem as devidas medidas de segurança indispensáveis nesta
altura”, Santos Silva adiantou que “os diferentes departamentos do
Governo encarregados de providenciar apoio, se necessário, já estão a
trabalhar nesse sentido”.Para tal,
adiantou, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que estava
em Londres a caminho do Canadá, adiou a viagem “e está a deslocar-se
para Lisboa”.De acordo com o ministro, um
dos apoios previstos é ajudar no regresso de portugueses e
lusodescendentes que assim o peçam ao Governo.No entanto, admitiu Santos Silva, o Governo ainda não recebeu nenhum pedido de ajuda.“Ainda
não chegaram pedidos de ajuda por parte de portugueses, mas ainda está a
nascer o dia na Venezuela. Há rumores e notícias que não é possível
ainda confirmar”, lembrou.Na Venezuela, a
segurança é também a medida a que o Governo está a dar prioridade, tendo
o embaixador português determinado ao pessoal da embaixada e dos
consulados que se mantenha em casa, acrescentou Santos Silva.Por
outro lado, acrescentou, Portugal está também a contactar com os países
parceiros “para ver como se desenvolvem os acontecimentos na
Venezuela”.“O que tem sido sempre
orientação da União Europeia e de Portugal é exortar todas as partes a
encontrar uma solução pacífica, que possa desbloquear a situação de
crise que hoje se vive na Venezuela”, reiterou.O
ministro escusou-se a falar num golpe de Estado na Venezuela, referindo
que existe “um movimento militar”, mas que ainda não é possível
compreender “a sua verdadeira dimensão”.O
autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou hoje que
os militares deram “finalmente e de vez o passo” para o acompanhar e
conseguir "o fim definitivo da usurpação” do Governo do Presidente
Nicolás Maduro."O 01 de maio, o fim
definitivo de usurpação começou hoje", disse Guaidó num vídeo publicado
na sua conta na rede social Twitter, no qual está acompanhado por um
grupo de soldados na base de La Carlota, a leste de Caracas.O
Governo do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou, por seu
lado, que está a enfrentar um golpe de Estado, de "um reduzido grupo de
militares traidores" que estão a ser neutralizados."Informamos
o povo da Venezuela que neste momento estamos a enfrentar e desativar
um reduzido grupo de militares traidores que se posicionaram no
Distribuidor Altamira (leste de Caracas), para promover um golpe de
Estado contra a Constituição e a paz da República", anunciou o ministro
venezuelano de Comunicação e Informação na sua conta do Twitter.