Governo nega tentativa de fuga na prisão de Coimbra
17 de dez. de 2024, 10:18
— Lusa/AO Online
Num
esclarecimento, o Ministério da Justiça e Direção-Geral de Reinserção e
Serviços Prisionais destacaram que não foram "recolhidas provas,
evidências ou indícios de qualquer tentativa de fuga", sendo o único
"facto concreto" o telefonema anónimo "cuja origem está a ser apurada"."Não
se podendo, de imediato, apurar a credibilidade e a origem deste
telefonema, foi decidido acionar as medidas preventivas de segurança e
de articulação com órgãos de polícia criminal", pode ler-se.O
Sindicato do Corpo da Guarda Prisional tinha adiantado no domingo que
30 guardas e uma equipa de intervenção foram acionados na prisão de
Coimbra, após um alerta de que seis reclusos ligados a organização
criminosa iriam tentar fugir."Não chegou a
acontecer a tentativa de evasão porque nós detetámos, através do
sistema de informação e segurança, que funcionou, que havia seis
indivíduos que pertencem ao Primeiro Comando Capital (PCC) do Brasil,
que estão lá presos, que iriam ontem [sábado] tentar fugir da cadeia de
Coimbra", disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Nacional do
Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Frederico Morais.O
Ministério da Justiça reforçou, no comunicado, que é falso que a
alegada fuga tenha sido detetada ou impedida pelos guardas prisionais,
que todos os reclusos em causa pertençam ao Primeiro Comando Capital
(PCC) do Brasil ou que tenha havido qualquer intervenção dos Serviços de
Informações e Segurança (SIS).E apontou
ainda que depois de "realizadas diligências e procedimentos de
segurança, não foram recolhidos indícios que confirmem a existência de
um plano, meios de fuga ou sequer tentativa de evasão"."Está
em curso o apuramento de eventuais responsabilidades (disciplinares ou
criminais) sobre os factos causadores do alarme social e da perturbação
no funcionamento do Estabelecimento Prisional de Coimbra", detalhou.