Governo leva proposta de atualização do salário mínimo à Concertação Social dia 16
10 de nov. de 2021, 12:49
— Lusa/AO Online
“Vamos apresentar aos parceiros
sociais, no próximo dia 16, na Concertação Social, a proposta
relativamente ao salário mínimo, para discussão com os parceiros da
proposta do Governo”, afirmou à Lusa a ministro do Trabalho,
Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.A
governante destacou a “importância” que têm a “participação ativa e o
diálogo social ativo, em sede de Concertação Social, que o Governo
valoriza muitíssimo”.De acordo com a
convocatória do Conselho Económico e Social, a reunião tem como ordem de
trabalhos “discussão sobre a Retribuição Mínima Mensal Garantida para
2022” e outros assuntos.O
primeiro-ministro garantiu, numa entrevista à RTP, na segunda-feira, que
os salários dos funcionários vão ser atualizados, apesar do 'chumbo' do
OE2022 em 27 de outubro e da dissolução do parlamento e consequentes
eleições legislativas antecipadas, a realizar em 30 de janeiro de 2022.“Vamos
fazer tudo o que é normal fazer: Subida do salário mínimo, atualização
dos salários [da função pública], atualização das pensões. Quanto aos
outros compromissos, como a atualização extraordinária das pensões, a
redução do IRS, a criação das novas prestações sociais, designadamente
do combate à pobreza infantil, todas essas medidas extraordinárias ou
novas medidas, incluiremos no programa eleitoral com o compromisso de as
aplicarmos retroativamente ao dia 01 de janeiro”, frisou António Costa.As
confederações patronais manifestaram-se disponíveis, na terça-feira,
para retomar a agenda de trabalhos da Concertação Social, nomeadamente a
discussão do aumento do salário mínimo nacional (SMN) para 2022.“A
Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do
Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de
Portugal (CIP), a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), na
sequência da audição com Sua Excelência o Presidente da República e da
recente reunião com o Senhor Primeiro-Ministro, estão disponíveis para
retomar, dentro do atual contexto político, a agenda de trabalhos da
Comissão Permanente da Concertação Social (CPCS), designadamente a
discussão sobre o aumento do salário mínimo para o próximo ano”, segundo
um comunicado sobre a posição conjunta das quatro confederações
patronais.CAP, CCP, CIP e CTP
consideraram, porém, que, para uma efetiva discussão da atualização do
SMN, “é fundamental que o Governo apresente os fundamentos económicos
que suportam a referida proposta”.O
Governo vai propor aos parceiros sociais um aumento do SMN dos atuais
665 euros para os 705 euros em 2022, tal como confirmou esta
segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa, numa entrevista à
RTP1.