Governo irá anunciar "muito em breve" medida de emergência para os media
Covid-19
15 de abr. de 2020, 16:58
— Lusa/AO Online
"O que posso dizer para já é
que muito em breve tencionamos anunciar a medida de emergência que seja
bastante generalista e transversal de apoio aos órgãos de comunicação
social", afirmou Nuno Artur Silva na comissão parlamentar de Cultura e
Comunicação, em resposta a questões sobre o tema do deputado bloquista
Jorge Costa.A ministra da Cultura, Graça
Fonseca, e o secretário de Estado estão a ser ouvidos naquela comissão
parlamentar na sequência dos requerimentos apresentados pelo PAN e PS
sobre as consequências resultantes da pandemia do novo coronavírus nos
setores da cultura e dos media."Em relação
às questões concretas da área da comunicação social que foram
levantadas pelo deputado Jorge Costa, de facto nós estamos a preparar
uma medida de emergência, mas sempre dentro do contexto [...] das
medidas transversais", afirmou o governante, salientando que "as medidas
foram alargadas o mais possível para poderem abranger o mais possível
os setores da comunicação social".Nuno
Artur Silva não avançou detalhes sobre o pacote de apoios aos media, no
contexto atual da pandemia da covid-19, nem sobre a data em que será
anunciado."Em relação a uma medida
concreta da comunicação social, não tem sido fácil encontrar uma medida
que seja imediata e transversal, mas há um alinhamento com o que tem
sido as posições de alguns países europeus", acrescentou.Nos
media, tal como em outros setores, Nuno Artur Silva defendeu que "tão
ou mais importante do que a medida de emergência é a medida para o dia
seguinte, isto é, a medida para o relançamento".E,
nesse sentido, "poderemos trabalhar de acordo com o que foi dito pelo
deputado [do Bloco de Esquerda] em medidas que possam ser mais finas e
concretas em determinados setores", apontou. Relativamente
a outras medidas de apoio aos media, tendo em conta o seu futuro, o
secretário de Estado disse esperar que seja possível avançar
"imediatamente a seguir" à medida de emergência."Eu
diria mais do que tudo [...], mais do que a sobrevivência deste ou
daquele órgão de comunicação social, a sobrevivência de um jornalismo
livre, independente, plural, isso é o que nos deve mover e fazer pensar
em relação ao futuro próximo e ao futuro imediato", considerou Nuno
Artur Silva.