Governo informou que ia ouvir Açores e Madeira antes de enviar decreto sobre professores
31 de out. de 2018, 17:05
— Lusa/AO Online
"A
explicação que foi dada foi que tinha sido pedida a audição das regiões
autónomas dos Açores e da Madeira, portanto, que isso demoraria já não
sei quanto, um mês ou perto de um mês", declarou Marcelo Rebelo de Sousa
aos jornalistas, à saída de uma iniciativa na Fundação Calouste
Gulbenkian, em Lisboa.O
chefe de Estado adiantou que "essa foi a explicação que foi dada talvez
aqui há uma semana ou uma semana e meia" para o facto de ainda não ter
seguido para Belém este decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros no
dia 04 de outubro, há quatro semanas."Vamos ver quando é que vêm esses pareceres e quando é que o processo chega a Belém", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.Interrogado
se o Governo estará a estudar a constitucionalidade do diploma, o
Presidente da República respondeu: "Isso não sei, não posso imaginar.
Antes de conhecer o diploma, não tenho ideias sobre isso. Mas, mal o
receba, irei analisá-lo e decidirei penso que rapidamente".O
decreto-lei em causa, sobre a contagem do tempo de serviço dos
professores no período em que as suas carreiras estiveram congeladas,
estabelece que vão recuperar dois anos, nove meses e 18 dias.Os sindicatos querem ver este diploma vetado, reivindicando a recuperação de nove anos, quatro meses e dois dias de serviço.Em
conferência de imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros
de 04 de outubro, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues,
defendeu que o decreto-lei aprovado é o resultado de um processo
negocial em que "o Governo foi flexível" e "os sindicatos foram
inflexíveis".O
ministro disse que a recuperação dos cerca de dois anos e nove meses de
trabalho, com efeitos a partir de 01 de janeiro, foi a solução
encontrada pelo Governo para que a recuperação da carreira dos
professores, que esteve congelada, tivesse "paralelismo nas carreiras da
Função Pública".