Governo garante que aumento de casos não está a resultar em mais internamentos
Covid-19
7 de out. de 2020, 15:04
— Lusa/AO Online
“O aumento do
número de casos não está a implicar, a esta data, uma utilização igual e
muito menos maior, dos serviços hospitalares, tanto em enfermaria como
em unidades de cuidados intensivos do que aquele a que assistimos nos
meses de abril e maio deste ano”, disse o secretário de Estado da Saúde
na conferência de imprensa regular de atualização de informação sobre a
pandemia me Portugal. Diogo Serras Lopes
reiterou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a preparar-se para
os meses de outono e inverno e que o aumento de casos que tem vindo a
verificar-se “não é exclusivo de Portugal”. O
secretário de Estado apontou que Portugal registou durante o mês de
setembro 18.153 casos de infeção com o novo coronavírus, que provoca a
doença covid-19, número que comparou com o mês de abril [até agora o mês
com maior número de casos], no qual foram registados 16.733 casos. Quanto
a pessoas internadas, o governante disse que atualmente estão 764
pessoas em enfermarias, enquanto em 15 de abril em circunstâncias
semelhantes estavam 1.302.Em unidades de cuidados intensivos estão internadas 104 pessoas, enquanto em 06 de abril estavam 271.“Os
fatores que explicam a menor utilização de enfermarias e de cuidados
intensivos num contexto de número de casos que é superior demorará, como
é natural e como tantas outras questões nesta pandemia, a ser
estudado”, disse Diogo Serras Lopes.O
secretário de Estado da Saúde também referiu que “o aumento do número de
casos não surpreende”, justificando com “o retomar progressivo da
atividade, não apenas na dimensão económica, mas também na Educação com o
regresso às aulas ou na Saúde com o regresso da atividade
assistencial”, embora tenha sublinhado a necessidade de “manter regras” e
tenha reiterado que “a prudência é fundamental”.“Estamos
convictos que o maior e o melhor conhecimento desta doença por parte
dos nossos profissionais de saúde e também a preparação que foi
implementada ao longo dos meses em todo o Serviço Nacional de Saúde
contribui de forma decisiva para uma melhor resposta”, referiu.Diogo
Serras Lopes apontou que “a taxa de ocupação global [dos serviços
hospitalares] se mantém entre os 70 e os 80%”, uma taxa que, frisou, não
inclui a “capacidade adicional” do Serviço Nacional de Saúde,
capacidade essa que será ativada de imediato caso necessário.“Monitorizamos diariamente a procura e estamos prontos a reagir caso seja necessário”, afirmou.Quanto
ao Plano da Saúde para o outono e inverno, de acordo com o governante,
este está em fase de contributos por parte do Conselho Económico e
Social e do Conselho Nacional de Saúde, prevendo-se que a versão final
seja apresentada “muito brevemente”.Por
fim, e antes de responder a perguntas dos jornalistas, o secretário de
Estado da Saúde, que falava ao lado da diretora-geral, Graça Freitas,
procurou sublinhar as mensagens sobre cuidados como manutenção do
distanciamento social, uso de máscara e lavagem das mãos.“Porque
nenhuma ação que qualquer um de nós possa tomar será tão eficaz no
combate à pandemia como cumprirmos cada vez mais e melhor estas três
regras simples”, concluiu.