Governo Regional estima que medicamentos biossimilares podem poupar 2ME na saúde
14 de dez. de 2017, 18:41
— Lusa/AO online
“A
estimativa que temos para os Açores, e considerando em 2018 os
medicamentos que estarão à disposição dos profissionais de saúde, revela
que para um investimento de cinco milhões de euros em medicamentos
biológicos, a utilização de medicamentos biossimilares representaria uma
poupança de 40%, ou seja, cerca de dois milhões de euros”, declarou Rui
Luís.O
secretário regional da Saúde, que falava em Ponta Delgada, na ilha de
São Miguel, na sessão de abertura de uma conferência sobre medicamentos
biossimilares, considerou que, face a fatores como o aumento da
esperança de vida, “tornou-se inevitável o aumento das despesas com a
saúde”, daí que se impunha que se “tire partido de novas soluções
terapêuticas”. Para
o responsável governamental pela saúde, a introdução dos medicamentos
biossimilares na região deve ser entendida como uma “excelente
oportunidade”, sendo que a sua existência nos Açores é “ainda muito
incipiente”, apesar de já existirem 20 medicamentos do género no país.Rui
Luís promoveu uma analogia com o caminho percorrido com os genéricos
para afirmar que, em agosto, a sua utilização nos Açores representava
46,1% da quota de medicamentos vendidos, havendo uma “margem de
crescimento com os biossimilares”.“Os
medicamentos biossimilares devem ser encarados cada vez mais como um
investimento com retorno. Por um lado, pelo impacto de poupança que a
sua utilização generalizada acarreta e, por outro lado, por um
investimento numa visão mais lata do conceito de saúde”, disse o
governante.O
secretário regional da Saúde está convicto que esta é a “opção do futuro
na política do medicamento nos Açores”, sendo que esta alternativa a
introduzir nas terapêuticas “traz não só inovação como um maior acesso
ao tratamento por parte dos doentes, bem como o reforço da
sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde".Rui
Luís revelou, por outro lado, que a região regista a taxa mais baixa do
país em termos de prescrição manual, de 3,5% contra 4,8% no Serviço
Nacional de Saúde.O
governante adiantou que a receita sem papel chegou em 2017 a todas as
unidades de saúde de ilha e Centro de Oncologia dos Açores, tendo sido
subscritas até outubro cerca de 160 mil receitas eletrónicas, permitindo
uma poupança de 20 mil euros.