Governo esclarece que respondeu a 65% das perguntas dos deputados e não apenas a metade
29 de jul. de 2020, 17:02
— Lusa/AO Online
De
acordo com uma nota de imprensa da secretaria de Estado dos Assuntos
Parlamentares, o Governo detetou e informou a Assembleia da República,
que “568 respostas enviadas aos Grupos Parlamentares até 24 de julho de
2020 (entre janeiro e junho) não constavam do site do parlamento e por
esse motivo não foram contabilizadas no balanço provisório da atividade
parlamentar da 1ª Sessão Legislativa da XIV Legislatura”.“O
Governo respondeu a 2.495 perguntas formuladas pelos Deputados e não a
1.927, o que equivale a uma taxa de resposta de 65% e não de 50%,
conforme apontado no relatório divulgado na passada segunda-feira e hoje
corrigido pela Assembleia da República”, clarifica a nota do gabinete
de Duarte Cordeiro.Na nota, o Governo
destaca a importância dos instrumentos de fiscalização da ação política e
assegura que “continuará a procurar dar resposta às 1.329 perguntas que
ficaram por responder e a todas aquelas que serão ainda colocadas pelos
Grupos Parlamentares”.No site do
parlamento, já consta a versão retificada do balanço da primeira sessão
legislativa, já com a taxa de resposta do Governo situada nos 65,2%.Na
segunda-feira, a primeira versão do relatório dava conta de que 50% das
perguntas feitas pelos deputados ao Governo e à administração pública
na atual sessão legislativa tinham ficado sem resposta.As
perguntas parlamentares são instrumentos de fiscalização e atos de
controlo político e só podem ser feitas ao Governo e à Administração
Pública, não podendo ser dirigidas à administração regional e local.Neste
capítulo, foi o Bloco de Esquerda o partido que mais perguntou - 1.777
perguntas - e também o que mais respostas obteve, 1.351, de acordo com a
versão retificada do balanço.O PSD, maior
partido da oposição em número de deputados, foi o terceiro que mais
perguntas fez (461 e 266 respondidas), depois do BE e do PCP (702
perguntas formuladas e 380 respondidas), seguindo-se o PAN (284
perguntas e 164 respostas ) e o PS e CDS-PP, com 194 cada (mas os
socialistas receberam 115 respostas, contra as 106 dos
democratas-cristãos)O PEV fez 167
perguntas ao Governo ou administração pública e recebeu 72 respostas , o
deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, 33 (23
respondidas) e o do Chega, André Ventura, 11 (seis respostas), com duas
perguntas atribuídas ao Livre (ambas respondidas) e 30 às deputadas não
inscritas (Joacine Katar Moreira, que começou a legislatura como
parlamentar do Livre e Cristina Rodrigues, ex-PAN), das quais apenas 7
tiveram resposta.Já quanto aos
requerimentos, outro instrumento de fiscalização política destino a
obter informações, elementos e publicações oficiais e que podem ser
dirigidos a qualquer entidade pública, ascenderam a 1.336.De
acordo com o balanço parlamentar (que não sofreu alterações nesta
parte), até ao dia 24 de julho de 2020, foram respondidos 444, o que
representa uma taxa de resposta de 33,2%. Ainda assim, a taxa de
resposta da administração central foi de 49,2% superior à da
administração local, de 31%.Em relação à
última sessão legislativa - em que existiam sete forças políticas
representadas contra nove na atual, mais as deputadas não inscritas - os
partidos fizeram mais cerca de mil perguntas, e a taxa de resposta
subiu de 48 para 65,2%.Já os requerimentos subiram de 1.098 na anterior sessão para 1.336, com a taxa de resposta a descer de 49,4% para 33,2%.